Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – A fim de aprimorar a gestão de riscos de extremos climáticos e desastres, é preciso aprimorar o diálogo entre cientistas e tomadores de decisão – especialmente com as autoridades locais – e obter participação mais ativa dos governos na avaliação de vulnerabilidades e em iniciativas de adaptação.
Essas recomendações fazem parte do diagnóstico produzido por cientistas e gestores durante o workshop “Gestão dos riscos dos extremos climáticos e desastres na América Central e na América do Sul – o que podemos aprender com o Relatório Especial do IPCC sobre extremos?”, realizado na semana passada na capital paulista.
O evento discutiu as conclusões do Relatório Especial sobre Gestão dos Riscos de Extremos Climáticos e Desastres (SREX, na sigla em inglês) – elaborado e recentemente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – e as opções para gerenciamento dos impactos dos extremos climáticos, especialmente nas Américas do Sul e Central.
O workshop foi realizado pela FAPESP e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o IPCC, o Overseas Development Institute (ODI) e a Climate and Development Knowledge (CKDN), ambos do Reino Unido, e apoio da Agência de Clima e Poluição do Ministério de Relações Exteriores da Noruega.
Depois de dois dias de debates, os participantes se dividiram em grupos de trabalho que sintetizaram as conclusões das discussões. Segundo o pesquisador do Inpe kprescé Marengo – coordenador do evento e membro do comitê organizador do IPCC-SREX –, um dos principais consensos entre os grupos foi a necessidade urgente de levar informação climática aos tomadores de decisão e à população.
“Ficou claro que a interface com os gestores e com as comunidades locais é um ponto crítico. Há muito ruído nessa comunicação. Apareceram discussões, por exemplo, sobre termos como ‘incerteza’, que é derivado da área de modelagem climática e cujo conceito nós cientistas compreendemos, mas que não foi traduzido adequadamente para o público”, disse Marengo à Agência FAPESP.
A necessidade de participação mais ativa dos governos em tomadas de decisão relacionadas a questões como vulnerabilidade e adaptação também foi destacada por Marengo.
“O papel do IPCC é produzir subsídios científicos, mas o Painel não pode interferir na realidade nacional, isso cabe aos governos. Entretanto, os governos se mostram pouco preparados e continuam sendo pegos de surpresa por eventos meteorológicos que estão aumentando em frequência e intensidade, como mostram os relatórios, e deverão aumentar ainda mais no futuro”, disse.
Segundo Marengo, muitas vezes há recursos para mapeamento de risco e remoção de população em áreas vulneráveis, mas eles acabam sendo transferidos para outras áreas.
“Isso mostra uma falha no nosso diálogo com os governos locais. Não é segredo que o clima está mudando e todos os anos pessoas morrem por conta de desastres que poderiam ser evitados se esses recursos fossem aplicados”, afirmou.
Marengo destaca que a ciência climática é fundamentalmente interdisciplinar e a elaboração do SREX mostrou que cientistas de áreas como física e meteorologia conseguem trabalhar de forma muito satisfatória em colaboração com os cientistas sociais.
“A elaboração do SREX teve a participação de mais de 1.500 cientistas de todas as áreas e mostrou que a interação com os cientistas sociais é viável e produtiva. Uma das conclusões é que os cientistas sociais são os que melhor conseguem transmitir a linguagem técnica e científica, de forma compreensível, para os tomadores de decisão e para as comunidades. Temos que aproveitar melhor essa competência”, disse.
Os grupos de trabalho concluíram também que é preciso integrar ações de governos locais e estados, melhorando a comunicação entre a comunidade científica e as autoridades locais, dando mais acesso às informações sobre o clima. “As comunidades locais muitas vezes necessitam de informações e não sabem onde procurar”, disse Marengo.
Os pesquisadores também detectaram a necessidade de aumentar o financiamento de estudos sobre mudanças climáticas, com apoio de instituições governamentais e não governamentais. Os grupos recomendaram ainda o fortalecimento das instituições locais de gerenciamento de risco. “Não é preciso criar novas instituições, mas fortalecer as que já existem”, afirmou.
Melhorar o sistema educacional e a formação de profissionais dedicados às questões relacionadas às mudanças climáticas foi outra recomendação. Outro aspecto diagnosticado é que os sistemas nacionais capazes de lidar com os desafios dos eventos extremos não estão integrados de forma adequada: há necessidade de se estabelecer diretrizes em diferentes níveis de governo.
Os grupos detectaram também que não há ações para estabelecer políticas, orçamentos e planos de longo prazo. A recomendação é que os orçamentos para lidar com desastres naturais deveriam ser desconectados de mandatos eleitorais curtos, a fim de estabelecer políticas de Estado, de longo prazo.
Os governos locais muitas vezes, de acordo com os especialistas, trabalham apenas com situações de emergência e não com prevenção de riscos e vulnerabilidades. Há falta de integração das instituições em diferentes níveis de governo. A falta de planejamento urbano também foi apontada como um problema crítico para a gestão de desastres.
Os especialistas recomendaram, ainda, que os conselhos regionais voltados para questões ambientais sejam integrados à defesa civil, ao sistema de saúde e à academia.
Foi detectada também a necessidade de fornecer às comunidades informação mais integrada – e menos fragmentada – sobre os riscos e vulnerabilidades. Foi sugerido também que os sistemas de defesa civil descartem o paradigma reativo existente e atuem mais na prevenção de situações emergenciais.
Fonte: Agência FAPESP
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Nos próximos anos, em função das mudanças climáticas globais, eventos climáticos extremos, como ondas de calor, recordes de temperaturas altas e fortes precipitação de chuvas, que ocorriam em intervalos de 20 anos, devem ocorrer com maior frequência, intensidade e duração do que há cinco décadas.
Porém, o que irá determinar o risco de desastres, que acarretam a perda de vidas humanas e prejuízos econômicos, como os causados por deslizamentos de terra desencadeados pelas fortes chuvas que assolaram o Rio de Janeiro no início de 2011, será o nível de vulnerabilidade e de exposição das populações a esses eventos climáticos extremos.
As conclusões são do Relatório Especial sobre Gestão dos Riscos de Eventos Climáticos e Desastres (SREX, na sigla em inglês), elaborado e recentemente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Os resultados das avaliações feitas pelo IPCC no documento foram discutidos no dia 16 de agosto durante o workshop “Gestão dos riscos dos extremos climáticos e desastres na América Central e na América do Sul – O que podemos aprender com o Relatório Especial do IPCC sobre extremos?”.
Realizado pela FAPESP e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o IPCC, o Overseas Development Institute (ODI) e a Climate and Development Knowledge Development (CKDN), ambos do Reino Unido, e apoio da Agência de Clima e Poluição e do Ministério de Relações Exteriores da Noruega, o objetivo do evento foi debater as conclusões do SREX e as opções para o gerenciamento dos impactos dos extremos climáticos, especialmente nas Américas do Sul e Central.
Um dos principais apontamentos do relatório, elaborado pelo IPCC à pedido do governo da Noruega e da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (EIRD) da Organização das Nações Unidas (ONU), é que os impactos dos eventos climáticos extremos dependem não só da natureza, mas do nível de vulnerabilidade e da exposição das pessoas ou grupos humanos em lugares onde possam ser afetados.
“Os desastres não são ‘naturais’, mas são conjunções de eventos climáticos ou meteorológicos naturais com a vulnerabilidade e a exposição a eles por uma sociedade ou grupo humano”, disse Vicente Barros, pesquisador do Centro de Investigacíon del Mar y la Atmósfera (Cima) da Universidad de Buenos Aires, na Argentina, e co-presidente do Grupo de Trabalho II do SREX.
“Se o problema dos riscos climáticos é um conjunção destes três fatores, evidentemente, é preciso desenvolver estratégias para mitigá-los”, avaliou Barros. Umas das principais ações destacadas no relatório para diminuir os riscos de eventos climáticos é reduzir as emissões dos gases de efeito estufa, que são a principal causa das mudanças climáticas.
Já para reduzir o nível de exposição das populações aos eventos climáticos extremos, os cientistas afirmam que é preciso aprimorar os sistemas de alertas e, em alguns casos, realocar as pessoas.
Por sua vez, para atenuar a vulnerabilidade humana aos riscos de desastres causados pelas mudanças do clima, o documento indica que é preciso implementar políticas de diminuição de pobreza e melhorar o nível educacional das populações para aumentar o grau de conscientização das pessoas sobre os riscos dos eventos climáticos extremos.
De acordo com dados do relatório, 95% dos desastres causados por eventos climáticos extremos no período de 1970 a 2008 ocorreram em países em desenvolvimento e apenas 5% em países desenvolvidos.
“Uma mensagem muito importante do relatório é que a maneira mais efetiva para aumentar a resistência das populações aos eventos climáticos extremos é melhorar as condições de desenvolvimento socioeconômico”, afirmou Sebástian Vicuña, professor da Pontificia Universidad Católica de Chile.
Composto por nove capítulos e quatro anexos, o SREX foi preparado ao longo de dois anos por 220 autores de 62 países, reunidos em dois grupos de trabalho do próprio IPCC: o Grupo I, que avalia a base física das mudanças climáticas, e o Grupo II, que trata dos impactos das alterações climáticas, adaptações e vulnerabilidades.
Os autores do documento responderam a mais de 20 mil comentários de representantes de governos, especialistas e agências internacionais, com aprovação do Sumário para Formuladores de Políticas, após reunirem-se por quatro dias em Kampala, na Uganda, em novembro.
Uma das deficiências identificadas pelos cientistas na elaboração do relatório foi a necessidade de realização de mais pesquisas sobre extremos climáticos relacionados às regiões do Brasil.
“Detectamos uma ausência de estudos, publicados em revistas indexadas, sobre extremos climáticos nas regiões do Brasil”, disse kprescé Marengo, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe e membro do comitê organizador do evento.
“Só agora a Amazônia começou a aparecer nos estudos sobre os extremos climáticos, e ainda há poucos artigos científicos sobre outras regiões do país com o nordeste”, disse Marengo.
De acordo com o pesquisador, as análises sobre o Nordeste no relatório foram baseadas em artigos publicados em revistas científicas brasileiras da área, como a Revista Brasileira de Meteorologia e a Revista Brasileira de Agrometeorologia, que estão indexadas no SciELO (Bireme/FAPESP), o que representou uma conquista dos cientistas brasileiros no IPCC.
“Conseguimos, pela primeira vez, fazer referências de artigos publicados em revistas científicas brasileiras, que são indexadas e têm um comitê de revisores, em um relatório do IPCC”, disse Marengo.
“Isso representou a quebra de um tabu do IPCC, que só fazia referência a artigos científicos publicadas em revistas em inglês. Mas é preciso desenvolver mais estudos sobre eventos climáticos extremos em regiões brasileiras”, disse.
Outra área carente de pesquisas que os autores do relatório identificaram foi sobre estudos sobre os aspectos socioeconômicos dos impactos das mudanças climáticas. “Há muitos dados sobre a base física das mudanças climáticas, mas estão faltando mais estudos socioeconômicos em nível global”, apontou Barros.
De acordo com o pesquisador, a maioria dos estudos sobre os impactos socioeconômicos dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas globais são publicados por instituições internacionais, como Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Mundial. Entretanto, apesar dessas informações serem consideradas importantes e valiosas, elas não passam pelo crivo científico. Por isso, não são utilizadas nos relatórios do IPCC.
Segundo Marengo, um dos pontos mais importantes do SREX, que é o mais novo relatório do IPCC, é que ele fornece informações mais atualizadas e analisa a questão dos extremos climáticos com maior nível de detalhe.
Entretanto, ainda apresenta limitações em termos de cobertura de dados e sobre os modelos utilizados para prever as mudanças climáticas globais, que devem ser mais clarificados no quinto relatório do IPCC, que está previsto para ser publicado em 2013.
“Muitas das informações publicadas no SREX serão atualizadas no quinto relatório do IPCC, por meio do qual esperamos ter uma melhor compreensão dos eventos climáticos extremos”, disse Marengo.
Na avaliação de Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), a publicação do quarto relatório do IPCC, em 2007, fez com que a discussão sobre os impactos das mudanças climáticas globais ganhasse uma grande popularidade no mundo.
Mas, segundo Nobre, em 2005 a diretoria científica da FAPESP já discutia sobre a necessidade de criar um programa de pesquisa voltado para o tema. “A diretoria científica da FAPESP teve uma visão estratégica e pioneira em criar o PFPMCG. A partir do programa, o governo federal também formulou uma série de programas voltados à área – em especial a Rede Brasileira sobre Mudanças Climáticas e Clima –, que interage estritamente com o PFPMCG”, contou.
O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, destacou no workshop que quando se começou a discutir sobre a criação do PFPMCG um dos objetivos definidos para o programa de pesquisa era estimular pesquisas sobres mudanças climáticas por pesquisadores do Estado de São Paulo e, por meio disso, fazer com que o Brasil viesse a ter uma posição de maior destaque e protagonismo no debate mundial sobre mudanças climáticas globais.
“Esse evento e outros do gênero realizados nos últimos anos mostram que a expectativa do programa está se cumprindo, com base no fato de haver uma articulação para o incentivo à pesquisa científica e tecnológica em temas relacionados às mudanças climáticas globais”, disse Brito Cruz.
Celso Lafer, presidente da FAPESP, destacou o papel que o IPCC tem exercido na formulação de políticas globais para mitigar os impactos das mudanças climáticas globais.
“O IPCC é uma plataforma de conhecimento que foi decisiva para que se assinasse na RIO92 a Convenção de Clima. Dou meu testemunho como ministro das Relações Exteriores naquela ocasião e justamente porque tenho acompanhado no campo diplomático essas negociações”, disse.
“É minha profunda convicção de que as negociações climáticas só poderão ser apropriadamente encaminhadas se tiverem o lastro do conhecimento de qualidade, como o fornecido pelo IPCC”, disse Lafer.
Fonte: Agência FAPESP
A Secretaria Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) está selecionando um novo bolsista CNPq, modalidade DTI-1, para trabalhar fisicamente na Secretaria Executiva do PBMC, com sede na COPPE/ UFRJ, no Rio de Janeiro.
O perfil do candidato à vaga é um(a) jovem pesquisador(a), recém doutor ou mestre, com experiência científica comprovada por publicações na área de mudanças climáticas, como foco na área de Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação.
O(a) candidato(a) não deverá ter compromissos discentes no atual momento e disponibilidade para se dedicar 40 horas semanais. A seleção se inicia no dia 14/08/12 indo até o dia 25/08/12 (data limite para recebimento de CV Lattes).
A modalidade da bolsa é DTI-1 (valor R$ 3.200,00) e sua duração é até junho de 2013.
São pré-requisitos:
São características pessoais necessárias
Enviar uma breve carta de intenção, com link do currículo lattes para: andrea.painel@pbmc.coppe.ufrj.
Autor: Fabiano Ávila
“Se nada for feito além dos compromissos voluntários atuais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as temperaturas globais subirão de 3°C a 4°C”, destacou a chanceler alemã Angela Merkel, lembrando os diplomatas presentes nos Diálogos Climáticos de Petersberg, que está sendo realizado na Alemanha, que é preciso mais ambição nas negociações climáticas.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), qualquer aumento das temperaturas acima de 2°C significará que enfrentaremos as piores consequências do aquecimento global, como a maior frequência e intensidade de fenômenos climáticos extremos.
“Eu enfaticamente acredito em mudanças climáticas”, afirmou Merkel, acrescentando que o tempo perdido discutindo se o fenômeno estaria mesmo acontecendo seria melhor usado buscando soluções para mitigá-lo. “Não há nada a ser ganho se ficarmos brincando com o tempo.”
A chanceler salientou que a Conferência das Partes deste ano (COP 18), a ser realizada em novembro no Qatar, deve, obrigatoriamente, entregar todo o plano para o novo acordo climático, que precisa estar pronto em 2015 para entrar em vigor em 2020.
“Não pode haver mais trapaças, as reduções nas emissões devem começar o quanto antes, até porque é um processo gradual que não pode ser feito de uma única vez”, disse.
Merkel foi ministra de Meio Ambiente da Alemanha nos anos 1990 e ajudou a negociar o Protocolo de Quioto, o qual segue defendendo.
“Devo admitir que um acordo com poder legal é música para meus ouvidos”, declarou.
A chancelar afirmou que entende que não é fácil fazer 180 países concordar com um tratado climático, mas está otimista. “Cada novo projeto para lidar com as mudanças climáticas cria um senso de entendimento e confiança. A energia de todas essas iniciativas precisa ser reunida.”
Entre essas ações, Merkel destacou a revolução energética ocorrida nos últimos anos na Alemanha. O país atualmente é um dos líderes mundiais no uso de fontes renováveis e também ocupa posição de destaque na manufatura de equipamentos para esse tipo de energia, como painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas.
“Não foi uma transição fácil, mas conseguimos alcançar um nível excepcional. Podemos ser um exemplo para outras nações.”
Apesar do otimismo de Merkel com o desempenho alemão, seu próprio ministro de Meio Ambiente, Peter Altmaier, declarou recentemente ao jornal Bild am Sonntag que o país pode não alcançar suas metas.
Entre os objetivos que podem fracassar está a popularização de carros elétricos e a redução do consumo de energia em 10% até 2020. Hoje, a Alemanha possui apenas 4500 carros elétricos nas ruas.
De qualquer forma, Merkel apresentou o que acredita ser os pilares para combinar a proteção climática com crescimento econômico: Melhores tecnologias, políticas inteligentes de subsídios, logística eficiente e avanços na construção sustentável.
“Os países industrializados devem liderar pelo exemplo. No fim, a maior parte dos danos ambientais podem ser atribuída a estas nações”, concluiu a chanceler.
Fonte: Instituto Carbono Brasil