Países decidem manter Quioto e negociar novo acordo global

cop-17-week-2 512Os países reunidos durante a 17.ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-17, em Durban, na África do Sul, aprovaram documento que prevê a prorrogação do Protocolo de Quioto, a viabilização do Fundo Verde Climático e um novo tratado sobre o clima, que deve vigorar a partir de 2020.

O representante brasileiro nas negociações que envolveram mais de 200 países, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, se disse aliviado por conseguir um resultado robusto. O acordo que conta com o apoio de países como Estados Unidos e China só foi possível graças às intensas articulações feitas pelos representantes brasileiros.

A segunda fase aprovada para o Protocolo de Quioto não vai contar com a participação do Japão, do Canadá e da Rússia. A decisão desses países de se retirar da nova etapa esvazia um pouco o acordo internacional. Por ele, Quioto vai valer até 2017 ou 2020 a data ainda será objeto de negociação, mas deve prevalecer o ano de 2020.

Nessa data deve entrar em vigor um novo acordo que obrigue os países a reduzir as suas
emissões de gases de efeito estufa. O documento que vai valer após 2020 deve contar com a participação de Estados Unidos e China, grandes emissores de gases estufa.

Os negociadores presentes em Durban também se comprometeram em fazer decolar o Fundo Climático Verde. Por ele, os países desenvolvidos devem colocar US$ 100 bilhões até 2020 para ações contra as mudanças climáticas. Na verdade, esse comprometimento já havia sido assumido na COP-16.

No caso do futuro acordo global, que deve valer a partir de 2020, Estados Unidos e China aceitaram participar de acordo que tenha metas de redução de gases de efeito estufa parta todos os países, independente do seu grau de desenvolvimento.

Para as organizações ambientalistas, o resultado da COP-17 é histórico, mas modesto e insuficiente para combater as mudanças climáticas. Na opinião da diretora de campanhas da Oxfam, Celine Charveriat, o acordo poderia ser mais ambicioso. Foi uma decepção, Não há nenhuma proposta para os próximos anos e isso terá consequências para o mundo.

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