Relatório Ren21 mostra crescimento de 0,2 ponto percentual na fatia das modernas energias limpas no consumo final de energia, ritmo incompatível com o Acordo de Paris
Vamos primeiro às boas notícias: a instalação de energias renováveis bateu mais um recorde no mundo em 2016. Setenta por cento de toda a energia elétrica instalada no planeta veio de fontes renováveis. Somente em painéis solares foram 98 gigawatts, ou sete Itaipus. Alguns países do mundo, como o Uruguai e a Dinamarca, extraem de 30% a 50% de sua eletricidade de placas solares ou turbinas eólicas. Entre 2007 e 2017, a capacidade instalada em renováveis mais do que dobrou globalmente.
Tudo somado, porém, essas energias não fazem nem cócegas no petróleo, no carvão e no gás natural, o trio parada dura dos combustíveis fósseis. As chamadas “novas renováveis”, ou seja, que excluem a lenha e o carvão vegetal queimados por populações pobres no mundo, ainda respondem por míseros 10,4% do consumo total de energia da humanidade – uma elevação de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior. E isso incluindo hidrelétricas, que são renováveis, mas nem sempre sustentáveis.
Já as fósseis, por uma série de circunstâncias que atendem pelo nome de “crescimento da Ásia”, subiram de 78,4% para 79,5% da matriz. Permanecem teimosamente no patamar de 80% do consumo de energia. Precisam chegar a zero em algum momento dos próximos 30 anos se o planeta estiver falando sério sobre evitar a “mudança climática perigosa”, tal qual preconizado pelo Acordo de Paris.
Os números vêm do Ren21, o relatório anual sobre o estado da disseminação das renováveis no mundo, publicado nesta segunda-feira (4).
Segundo o relatório, o crescimento das renováveis vem sendo “irregular” entre os setores: enquanto seu crescimento na produção de eletricidade é irrefreável, devido à queda dos preços e à incorporação de novas tecnologias, os setores de aquecimento, refrigeração e transportes seguem adotando renováveis abaixo do potencial. Estes últimos têm apenas 3,1% de renováveis – em sua quase totalidade, biocombustíveis –, em que pese o rápido crescimento do mercado de carros elétricos, cujas vendas subiram 58% em 2017 em relação a 2016.
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Guarde na memória a imagem acima. No futuro — e ele começa em poucos anos —, algumas cidades estarão livres de motoristas engarrafados. Dependência de combustível? Já era. Carros, caminhões e motos movidos a gasolina, etanol e diesel vão sumir. As ruas terão uma frota muito menor de veículos, autônomos e elétricos. No ar, drones, muitos drones. Achou exagero? Saiba o que mais vem por aí
A greve dos caminhoneiros ressuscitou pesadelos do passado, como inflação diária, postos sem gasolina e prateleiras vazias. Por outro lado, calou motores, estimulou a vida a pé, deixou o céu mais claro e limpo. Em São Paulo, a poluição caiu à metade, segundo o Instituto de Estudos Avançados da USP. A falta de gasolina trouxe a visão de um futuro que parece utópico para muitos, mas, segundo especialistas, já está próximo: as cidades sem carros.
Para o arquiteto e urbanista Washington Fajardo, a crise foi um alerta — de despertador:
— A paralisação dos caminhões é a manifestação da queda de um Brasil antigo, pensado no século XX. Precisamos acordar e entrar em outra agenda, que o mundo já está seguindo.
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A bioeconomia é um exemplo da falta de visão estratégica do Brasil. Bioeconomia pode ser descrita como a área da economia que abrange a produção sustentável de recursos renováveis e sua conversão em alimento, fibras, ração animal, químicos, materiais e bioenergia, por meio de tecnologias eficientes e inovadoras, provendo benefícios econômicos, sociais e ambientais. Por conta das mudanças climáticas, tem sido vista como uma oportunidade de novos negócios e geração de emprego.
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Semana do Meio Ambiente 2018 - UFSC
A Universidade Federal de Santa Catarina está organizando a “Semana do Meio Ambiente 2018”, que acontecerá nos dias 28 a 5 de junho de 2018. Esse é o quarto ano que a Coordenadoria de Gestão Ambiental organiza esse evento. A semana tem como objetivo a promoção da sustentabilidade através de palestras, oficinas, visitas técnicas, apresentações artísticas, mesas redondas, entre outras atividades, todas gratuitas e abertas ao público. As temáticas desse ano são: Saneamento Básico, Como Implementar a Sustentabilidade no Campus Universitário, Eventos Extremos da Natureza e Mudanças Climáticas, Tecnologias Verdes.
A Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Andréa Santos, estará participando como palestrante da Mesa Redonda "Mudanças Climáticas e Eventos Extremos", que acontecerá no dia 29/05 às 13h, no auditório da Reitoria.
Inscrições: gestaoambiental.ufsc.br