Planos de venda rápida levantam temores quanto a uma corrida global pelas reservas do pré-sal

O Brasil está planejando uma venda rápida de suas reservas de petróleo antes que o encolhimento dos orçamentos globais de carbono pressione a demanda e os preços, advertem organizações ambientais.

O foco da preocupação é uma proposta do governo que dá até R$ 1 trilhão em renúncia fiscal para empresas que explorarem os campos de petróleo do pré-sal. Os que se opõem à proposta, dizem que o governo usaria até 7% do orçamento de carbono da humanidade – a quantidade de combustíveis fósseis que podemos queimar sem ultrapassar 2oC de aquecimento global.

O Observatório do Clima, WWF, Greenpeace e outros grupos dizem que os subsídios podem desencadear uma corrida pela extração rápida dos combustíveis fósseis com rivais como os EUA, Arábia Saudita, Rússia, Noruega e Reino Unido.

As acusações contradizem a posição do Brasil nas negociações climáticas desta semana, na qual os negociadores do país pediram ao mundo que seja mais ambicioso na redução das emissões de carbono.

“O país está fazendo exatamente o oposto: aumentando as emissões e se abrindo para as grandes petroleiras com subsídios bilionários no momento em que o país ainda tenta se recuperar de sua pior recessão”, disse Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima.

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