Contribuição humana para as mudanças climáticas é inegável, avaliam cientistas

Elton Alisson | Agência FAPESP – A temperatura média da Terra aumentou 1,02 ºC desde o século XIX e pode subir até quase 5 oC até o fim deste século, apontam estudos publicados nos últimos anos. A contribuição humana para o aumento da temperatura terrestre, por meio do aumento das emissões de gases de efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, entre outras ações, é inegável, avaliaram pesquisadores participantes da segunda edição do programa de TV Ciência Aberta, sobre “Mudanças Climáticas Globais”, realizado na terça-feira (08/05), no auditório da FAPESP.

O programa de TV Ciência Aberta é uma parceria da FAPESP com o jornal Folha de S.Paulo. Realizado mensalmente no auditório da FAPESP, o programa é exibido ao vivo pelo site da FAPESP (www.fapesp.br), pela página da Agência FAPESP no Facebook (www.facebook.com/agfapesp) e no YouTube (www.youtube.com/user/fapespagencia) e pelo site da TV Folha (www1.folha.uol.com.br/tv).

A edição sobre “Mudanças Climáticas Globais” teve como debatedores os pesquisadores Thelma Krug, pesquisadora, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC); Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG); e Gilberto Câmara, pesquisador e ex-diretor do Inpe, copresidente do Belmont Forum e diretor do Secretariado do Group on Earth Observations (GEO). A plateia do programa foi composta por alunos do curso técnico em meio ambiente da Escola Técnica Estadual (Etec) Guaracy Silveira, de São Paulo.

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Mudanças climáticas: O que estamos fazendo com o clima de nosso planeta?

Paulo Artaxo (Prof. Paulo Artaxo realizou sua graduação em Física pela USP (1977), mestrado em Física Nuclear pela USP (1980) e é Doutor em Física Atmosférica pela USP (1985). Trabalhou na NASA (Estados Unidos), Universidades de Antuérpia (Bélgica), Lund (Suécia) e Harvard (Estados Unidos). Atualmente é professor titular do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP. Trabalha com física aplicada a problemas ambientais, atuando principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na)
Horário - 20:30

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Teste de ambição para o Acordo de Paris

Nova rodada de negociações internacionais em torno do Acordo de Paris inaugura o “Diálogo Talanoa”, proposta de discussão política que visa aumentar o grau de ambição dos compromissos nacionais de redução de emissões; agenda de trabalho será intensa até a Conferência de Katowice (COP 24), em dezembro

Faltando pouco mais de dois anos para entrar totalmente em vigor, o Acordo de Paris ainda não possui um “mapa do caminho” para concretizar os diversos objetivos assumidos pelos países para enfrentar a mudança do clima ao longo deste século. As incertezas quanto à sua implementação se somam a uma questão crucial para o sucesso do Acordo: os compromissos nacionais de redução de emissões de carbono inscritos atualmente no texto estão longe de garantir a viabilidade de sua principal meta – conter o aumento da temperatura média global entre 1,5 e 2 graus Celsius com relação aos níveis pré-Revolução Industrial até 2100.

Negociadores de todo o mundo deverão enfrentar essas questões a partir da próxima segunda-feira (30/4), quando a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês) iniciará mais uma rodada de conversas preparatórias em Bonn, Alemanha. Este encontro visa preparar o terreno político para a construção de entendimentos efetivos sobre esses problemas durante a Conferência do Clima de Katowice (COP 24), que acontecerá na Polônia em dezembro.

Diálogo Talanoa e o desafio da ambição

O encontro intersessional de Bonn inaugurará o Diálogo Talanoa, uma proposta de negociação desenhada pelo governo de Fiji (que liderará a reunião de Bonn por ter presidido a última Conferência do Clima, a COP 23, realizada em novembro passado na mesma cidade) para viabilizar a elevação do grau de ambição dos compromissos nacionais de redução de emissões antes do Acordo de Paris entrar em vigor, em 2020.

Inspirado em costumes tradicionais de compartilhamento de histórias, ideias e capacidades entre as pessoas, o Talanoa propõe um diálogo participativo, com a presença de representantes dos diversos governos, cidadãos, empresas, de maneira transparente.

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Órbita da Terra já acumula 7,5 mil toneladas de sucata

No início de abril, a estação espacial chinesa Tiangong-1 - que pesava 8,5 toneladas e estava fora de controle e inoperante desde 2006 - caiu no Oceano Pacífico, chamando a atenção do mundo para a questão da sucata espacial. Mas, segundo estudos feitos pela Agência Espacial Europeia (ESA), o problema é bem mais grave do que a queda de um módulo em pane: a quantidade de lixo aumentou consideravelmente nos últimos anos, deixando o espaço orbital da Terra cada vez mais próximo do limite de saturação.

Em 60 anos de atividade espacial, mais de 5 mil lançamentos de foguetes fizeram com que a órbita da Terra ficasse repleta de dejetos. A ESA estima que satélites inoperantes, partes de foguetes, peças de espaçonaves e pedaços de objetos relacionados a missões espaciais já somam 7,5 mil toneladas de lixo orbital.

Esses detritos viajam em torno da Terra em velocidades alucinantes, que podem passar dos 28 mil quilômetros por hora. Nessas condições, a colisão de um pequeno parafuso com um satélite pode ter o efeito de um tiro de canhão.

"Se reduzirmos os lançamentos espaciais a zero hoje mesmo, o número de objetos vai continuar aumentando da mesma forma. Isso porque cada colisão espalha um grande número de detritos, que continuam viajando no espaço em grande velocidade, produzindo novas colisões", disse ao Estado o diretor do Escritório de Detritos Espaciais da ESA, Holger Krag.

De acordo com Krag, esse efeito cascata, que tende a aumentar exponencialmente os riscos de novas colisões, praticamente inviabilizando o uso da órbita terrestre para atividades espaciais, foi previsto em 1978 por um consultor da Nasa, Donald Kessler. Quatro décadas depois, a chamada "síndrome de Kessler" já é uma realidade.

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