Conclusão é de estudo publicado na Nature Communications; segundo pesquisadores, mesmo que metas do Acordo de Paris sejam cumpridas, oceanos terão elevação de 70 cm a 1,2 metro até 2300.
Nos próximos 200 anos, a elevação média do nível dos oceanos será de 70 centímetros a 1,2 metro, caso seja cumprida a meta do Acordo de Paris que limita o aquecimento global a um máximo de 2°C até o final do século. Mas a estimativa só vale caso as médias globais de temperatura cheguem ao seu pico até 2020 e comecem a cair em seguida. Após 2020, cada cinco anos de atraso para atingir o pico de aquecimento correspondem a 20 centímetros a mais no nível dos mares.
As conclusões são de um estudo liderado por cientistas do Instituto Postdam para Pesquisas sobre o Impacto Climático (Alemanha) e publicado hoje na revista Nature Communications. No artigo, os pesquisadores também concluíram que não existe mais a possibilidade de uma estabilização do nível dos oceanos, ainda que as metas do Acordo de Paris sejam rapidamente atingidas.
"As mudanças climáticas provocadas pelo homem já deixaram pré-programada uma certa quantidade de elevação do nível dos oceanos para os próximos século e, com isso, pode parecer para alguns que nossas ações atuais não fazem grande diferença. Mas nosso estudo mostra como essa percepção é errada", disse o autor principal do estudo, Matthias Mengel, do Instituto Postdam.
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RIO — A tempestade que castigou o Rio provocou a incidência de 7.096 raios apenas entre as 22h desta quarta-feira e as 2h desta quinta, na Região Metropolitana. Foram 4.089 raios apenas na capital do estado, de acordo com o Instituto Climatempo. O volume de chuva e a força dos ventos também foram impresisonantes. Em apenas uma hora, choveu na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, mais do que era esperado para todo o mês de fevereiro.
Durante a tempestade, moradores relataram nas redes sociais o quanto ficaram assustados com a quantidade de raios. "Nunca vi tantos raios seguidos como está acontecendo agora aqui no Rio há mais de 20 minutos. Parece um estroboscópio que pisca sem parar. Que Deus nos proteja!", disse uma usuária do Facebook. "Nunca vi tantos raios aqui no Rio. Parecia o inicio do filme Guerra dos Mundos", afirmou outro internauta.
Segundo o Alerta Rio, o maior volume de chuva foi observado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, onde foram registrados 134 milímetros entre 5h desta quinta e 5h desta quarta.
— Em apenas o período de uma hora, choveu 123 milímetros na Barra da Tijuca. Isso é mais do que o normal para o mês de fevereiro no bairro — disse o meteorologista Bruno Maon, do Instituto Climatempo.
No entanto, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foram registrados 149 milímetros no Alto da Boa Vista, o que configuraria o maior número. Quanto a outros municípios, o Cemaden informou o registro de 145 milímetros em Angra dos Reis.
Outros registros de chuva de alto volume na cidade do Rio foram observados em Jacarepaguá (129 mm), Piedade (114 mm) e Recreio (113 mm), conforme dados do Alerta Rio.
RIO — Nos últimos dias de 2017, as baixas temperaturas estão impressionando até quem já está acostumado ao inverno rigoroso dos EUA. Diversos estados americanos sentem os efeitos, com neve e gelo registrados até onde o frio costuma ser um pouco mais ameno. Em Massaschussetts, por exemplo, tubarões aparecendo mortos no litoral, provavelmente por não terem resistido ao frio.
Segundo especialistas locais do The Atlantic White Shark Conservancy, pelo menos dois tubarões foram encontrados sem vida nesta semana na baía de Cape Cod.
Enquanto isso, em Nova York, quem se aventurar na tradicional festa de ano novo da Times Square deverá enfrentar as temperaturas mais baixas para a noite da virada desde 1907, quando as pessoas começaram a se reunir na avenida para festejar o réveillon. A expectativa é de temperaturas em torno de -12 graus Celsius ou mais frio no centro de Manhattan, segundo meteorologistas. Nas ruas da cidade, diversos pontos ficaram congelados.
Temperaturas na Dakota do Norte, no Norte do país, são esperadas para variar em torno de -34,4 graus Celsius no sábado, com uma sensação térmica de cerca de -45,5 graus, disse Ken Simosko, meteorologista do serviço meteorológico na Dakota do Norte.
CANADÁ CANCELA FESTAS
E o frio surpreendeu até os canadenses, que sempre se orgulharam de viver no frio. As constantes temperaturas abaixo de zero começam a ser consideradas demais para eles. Nesta sexta-feira, algumas cidades cancelaram shows e estações de esqui foram fechadas por questões de segurança.
As temperaturas quase chegaram a 50 graus Celsius negativos em duas cidades canadenses, Regina e Winnipeg, e na capital, Ottawa, as autoridades anunciaram o cancelamento de alguns dos espetáculos organizados para celebrar o 150º aniversário do país.
Alguns eventos que estavam previstos para este sábado e para a noite de Ano Novo tiveram que ser modificados por causa das advertências dos serviços meteorológicos da agência federal Environment Canada, que emitiram "alertas de frio extremo" argumentando preocupações em matéria de "saúde pública e de segurança", segundo um comunicado do Ministério da Cultura.
Fonte: O Globo
Canadá sofre esses dias com uma onda de frio sem precedentes tanto por seu alcance, que abarca quase todo o território, como por sua duração, já que está prevista para durar até o começo de janeiro.
"Jamais conheci um frio que se instalasse por tanto tempo em uma extensão tão grande", confirmou à France Presse o meteorologista da agência federal Environnement Canada, Alexandre Parent.
Segundo Parent, não se trata tanto das temperaturas e do esfriamento causados pelos ventos, que estão batendo recordes e podem alcançar até - 50ºC no norte de Ontário (centro), mas da extensão da onda de frio e de sua duração.
A agência federal lançou advertências em algumas províncias contra esta onda de frio extremo vinculada a uma corrente de ar ártico. "Estamos entre 10 e 20 graus Celsius abaixo do que é habitual nesta estação", assinalou Parent.
Fonte: G1