Poluição no ar mata 11 mil por ano em São Paulo

Mais de 11,2 mil pessoas morrem todos os anos no Estado de São Paulo por problemas de saúde agravados pela alta quantidade de poluentes no ar. Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade.

Só na cidade de São Paulo, de acordo com estudo do instituto feito a pedido do Greenpeace, mais de 3 mil mortes serão causadas neste ano por problemas de saúde agravados especificamente pelas emissões de poluentes da frota de ônibus a diesel. Se os coletivos não forem substituídos por outros com combustíveis renováveis, a estimativa é que sejam 7 mil mortes em 2050.

Mostrando números sobre os efeitos da poluição na saúde e mortalidade, o instituto quer chamar a atenção para o fato, que, em sua avaliação, é subdimensionado. “Nós médicos, que lidamos com a saúde humana, temos a obrigação de trazer à luz a real dimensão do problema”, disse a médica Evangelina Vormitagg, diretora da entidade.

“Os padrões brasileiros de qualidade no ar estão defasados, são de 1990”, alerta ela. Em 2005, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez uma revisão em seus padrões. A emissão de material particulado por dia de acordo com o órgão não deve ultrapassar 25 µg/m³ (microgramas por metro cúbico). A partir de 50 µg/m³ o nível é considerado de emergência, podendo causar danos à saúde.

“No Brasil o nível tolerado é de 150 µg/m³, três vezes o nível de emergência da OMS”, ressalta Evangelista. Em São Paulo, a Cetesb (agência ambiental paulista), desde 2013, por decreto estadual, reduziu esse valor para 120 µg/m³. 

Leia a matéria completa aquil.

Unicast