Um observador da evolução da agricultura brasileira nas últimas quatro décadas, Eduardo Assad, especialista em agricultura e mudanças climáticas, defende com unhas e dentes a necessidade de o Brasil preservar seus biomas. O que nem de longe causaria conflitos com o setor agropecuário.
Nesta entrevista, ele também afirma que mudança climática é uma questão de números e não de crenças. Na última década, assegura o pesquisador da Embrapa, ocorreram vários eventos extremos na agricultura brasileira, que já estão fora da curva.
Apesar de todo o avanço da produtividade agropecuária do Brasil em três décadas, e de haver muito espaço ainda para evoluir, limites ambientais precisam ser impostos e também melhor compreendidos, segundo ele. Como é o caso, por exemplo, da intensificação da pecuária, que é importante e necessária, mas deve considerar também seu impacto nas emissões de gases de efeito estufa do Brasil. A entrevista ocorreu na sede da FGV, em São Paulo, onde Assad dá aulas no curso de mestrado em agronegócio. Acompanhe!
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou neste domingo (28) os relatos de mortes e destruição em Moçambique e em Comores como resultado do ciclone tropical Kenneth, seis semanas após o ciclone Idai atingir Moçambique, Malauí e Zimbábue.
Guterres pediu à comunidade internacional mais recursos para uma resposta imediata e a médio e longo prazo. Guterres afirmou que as Nações Unidas e parceiros humanitários estão apoiando autoridades nacionais para avaliar necessidades e fornecer assistência.
Já o chefe humanitário da ONU destacou que o ciclone Kenneth marca a primeira vez que dois ciclones atingiram Moçambique durante a mesma temporada, comprometendo ainda mais os limitados recursos do governo. Malauí e Zimbábue também devem passar por fortes chuvas e enchentes.
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Ao se deparar com temperaturas de até 50ºC negativos no Centro-Oeste norte-americano, o presidente dos EUA, Donald Trump, logo se lembrou das mudanças climáticas. “O que diabos está acontecendo com o aquecimento global? Por favor, volta depressa. Precisamos de você!, tuitou Trump.
Mas, se sobra dúvida, negação e ironia para o presidente, o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA acaba de lançar um novo estudo que pode ajudar Trump, e qualquer outro negacionista, a entender exatamente o que está acontecendo com a temperatura do planeta.
Antes de tudo, é bom lembrar que, quando se fala em aquecimento global, é uma média do quanto a temperatura subiu em todo o planeta desde o início da Revolução Industrial, por volta de 1850. Assim, os extremos de temperatura negativa, como nos EUA, são contabilizados juntamente com os extremos de temperatura máxima, como nas ondas de calor que atingiram a Austrália o ano passado.
Para ter uma ideia, enquanto a temperatura média global já está cerca de 1ºC acima dos níveis pré-industriais, na cidade de São Paulo e alguns pontos do Nordeste brasileiro e Amazônia, os termômetros demonstram aquecimento médio acima dos 2ºC.
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