Temperatura do planeta poderá aumentar 3,2 graus Celsius, muito além da meta de 1,5

RIO - As nações mais ricas do mundo estão longe de tomar as medidas necessárias para conter o aquecimento global e limitar as mudanças climáticas dele consequentes, aponta relatório divulgado nesta quarta-feira pela Climate Transparency, parceria internacional entre organizações e institutos dedicados à avaliação e pesquisa do tema. Segundo o levantamento, 82% da energia utilizada pelos países do G-20, grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta, ainda vem de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de gases do efeito estufa emitidos pela ação humana, com Austrália, Arábia Saudita e Japão dependendo deles para mais de 90% de seu suprimento de energia.

Assim, se tudo continuar como está, no fim do século a temperatura média da Terra estará ao menos 3,2º Celsius acima da registrada no início da Revolução Industrial no século XIX, muito além da meta de 1,5º Celsius definida no Acordo do Clima de Paris, aponta o documento, intitulado “Brown to green” (“De marrom a verde”, em tradução livre). Ainda de acordo com relatório, nenhum dos países do G-20 assumiu até agora compromissos de cortes nas emissões compatíveis com este objetivo, e só a Índia está chegando perto, num caminho alinhado a um aquecimento de 2º Celsius, teto do acerto assinado na Conferência do Clima realizada na França em 2015. As nações do G-20 têm um papel fundamental no cumprimento deste compromisso, já que respondem por cerca de 80% das emissões globais de gases do efeito estufa.

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