Uma fornalha chamada Terra

Os ponteiros do relógio da catedral de Utrecht, na região central da Holanda, pararam de rodar na sexta-feira (3) exatamente às 11h23.

Motivo: o infernal calor que assola neste verão uma parcela significativa do hemisfério Norte danificou os metais no interior do relógio, instalado em 1857 (a catedral é bem mais antiga, data de 1382).

Esse pequeno detalhe serve como ilustração para o risco de que parte importante do que o engenho humano construiu até o século 20 corre o risco de parar de funcionar (ou de morrer de uma vez) neste século 21. Causa: a mudança climática.

Ou, como prefere o jornal The New York Times: “Para muitos cientistas, este é o ano em que eles começaram a viver a mudança climática, em vez de apenas estudá-la”.

O caso do relógio de Utrecht é o menos danoso exemplo de como a mudança climática já está em ação. É verdade que a catedral é o símbolo da cidade e o fato de o seu relógio parar deve ter machucado o amor-próprio dos locais.

Mas há danos bem mais substanciais, a começar pelos incêndios em vários países, inclusive o maior da história na Califórnia.

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