Este é o momento exato para falarmos de mudanças climáticas e de todas as outras injustiças sistêmicas – do perfilamento racial à austeridade econômica – que transformam desastres como o Harvey em catástrofes humanas.
Quem assiste à cobertura do furacão Harvey e das enchentes de Houston ouve muita gente dizendo que essa é uma tempestade sem precedentes; que ninguém conseguiu prevê-la e, portanto, se preparar adequadamente para ela.
Mas fala-se muito pouco dos motivos pelos quais esses eventos climáticos sem precedentes, que quebram recordes, estão acontecendo com tanta frequência – a ponto de a expressão “recorde” já ter se tornado um clichê meteorológico. Em outras palavras, não vamos ouvir muito, se é que vamos ouvir alguma coisa, sobre mudanças climáticas.
Dizem que isso vem de um desejo de não “politizar” uma tragédia humana no momento em que ela acontece. É até um impulso compreensível. Mas acontece o seguinte: cada vez que agimos como se um evento meteorológico sem precedentes nos atingisse do nada, um tipo de ato divino que ninguém previu, nós repórteres tomamos uma decisão altamente política. Decidimos poupar os sentimentos das pessoas e evitar controvérsias em vez de dizer a verdade, por mais difícil que seja. E a verdade é que esses eventos têm sido previstos há muito tempo por cientistas climáticos. Oceanos mais quentes provocam tempestades mais intensas. A elevação do nível do mar leva temporais a locais inéditos. Mais calor gera climas extremos: longos períodos secos são interrompidos por neve ou chuva pesadas, e os padrões não são mais tão previsíveis quanto eram.
Fonte: theintercept.com
Every so often, the worst-case scenario comes to pass.
As of Sunday afternoon, the remnants of Hurricane Harvey seem likely to exceed the worst forecasts that preceded the storm. The entire Houston metropolitan region is flooding: Interstates are under feet of water, local authorities have asked boat owners to join rescue efforts, and most of the streams and rivers near the city are in flood stage.
Some models suggest that the storm will linger over the area until Wednesday night, dumping 50 inches of water in total on Houston and the surrounding area.
“Local rainfall amounts of 50 inches would exceed any previous Texas rainfall record. The breadth and intensity of this rainfall are beyond anything experienced before,” said a statement from the National Weather Service. “Catastrophic flooding is now underway and expected to continue for several days.” (In years of weather reporting, I have never seen a statement this blunt and ominous.)
This means that thousands of people—and perhaps tens of thousands of people—are facing a terrifying and all-too-real struggle to survive right now. In an age when the climate is changing rapidly, a natural question to ask is: What role did human-caused global warming play in strengthening this storm?
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Dados foram colhidos desde 1971 e mostraram um perda de mais de um metro. Recuperação da mata ciliar pode ser uma das medidas para amenizar impacto.
um estudo feito pela Universidade Federal do Acre (Ufac) mostra o avanço do desmatamento ao longo da bacia do Rio Acre. A região do Vale do Rio Acre concentra 64% do desmatamento de todo o estado.
De uma forma geral, o desmatamento nesta região já atingiu 37% e o limite legal é 20%. Os dados preveem ainda uma situação ainda mais preocupante, que é a possibilidade do rio secar nos próximos 13 anos.
“O estudo que foi feito com base nos dados colhidos todos os dias desde 1971. Pegamos os valores das cotas mínimas e fizemos uma média por década e, a partir daí, a gente observou que da década de 70 até a década de 2000 o rio perdeu mais de um metro do nível médio de água”, explica o professor e doutor da Ufac, Evandro Ferreira.Ele diz ainda que se o ritmo de desmatamento e destruição não tiver sido contido, o problema vai ficar ainda pior.
“Se a gente mantiver esse ritmo, a partir de 2030, provavelmente nos meses de julho, agosto e setembro, em algum dia desses meses, você pode ter uma situação que a água do rio na régua não vai ter mais”, alerta.
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