Rio Doce: águas subterrâneas também estão contaminadas

belooriente 7A várzea do rio Doce é porosa, permitindo o contato da água contaminada com os aquíferos. A escavação de poços em meio à lama também é responsável pela água com altos níveis de ferro e manganês no subsolo

Após o desastre criminoso causado pela mineradora Samarco no Rio Doce, agricultores familiares se socorreram em poços da região para irrigar suas plantações e ter água para beber. O que o estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro revela agora é que, meses depois, além do rio, a água subterrânea também está contaminada por altos níveis de metais pesados, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e entram na cadeia alimentar, oferecendo riscos à saúde no longo prazo.

O estudo "Contaminação por metais pesados na água utilizada por agricultores familiares na Região do Rio Doce", coordenado pelo professor João Paulo Machado Torres, do Instituto de Biofísica da UFRJ, é fruto da parceria entre o projeto Rio de Gente e o Greenpeace. O objetivo foi avaliar se os agricultores ainda têm condições de plantar com água limpa. As margens de rios em Minas Gerais e Espírito Santo sempre foram usadas para a agricultura, onde os produtores coletam a água diretamente do rio. Em casos de desastres como o do Rio Doce, a procura imediata são pelos poços artesianos para manter as plantações. A pesquisa, portanto, é também de segurança alimentar.

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