Eventos climáticos extremos deverão tornar-se mais frequentes e intensos com a mudança do clima. Neste contexto, as cidades brasileiras necessitam ser planejadas estrategicamente, de forma a priorizar investimentos e medidas de adaptação frente às mudanças climáticas, com foco na redução de riscos e minimização dos impactos ocasionados pelos eventos extremos como inundações, deslizamento de terra, tempestades e erosão em zonas costeiras. A mudança climática pode afetar as cidades de forma variada, em especial as áreas costeiras. As cidades litorâneas são sensíveis ao aumento do nível do mar, mudanças na frequência e intensidade das tempestades, ao aumentos na precipitação e na temperatura dos oceanos. Além disso, o aumento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (CO2) está tornando os oceanos mais ácidos, gerando impactos significativos sobre os ecossistemas costeiros e marinhos. O Relatório Especial do PBMC será lançado no dia do Meio Ambiente (05/06), no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro. O evento tem como objetivo promover uma discussão com especialistas, pesquisadores, tomadores de decisão e a sociedade civil sobre as vulnerabilidades das cidades brasileiras frente às mudanças climáticas. O Primeiro Relatório de Avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) aponta lacunas nas áreas do conhecimento sobre os riscos e medidas de respostas das cidades aos eventos climáticos extremos. Com base nisso, o PBMC está lançando o Relatório especial “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”, que tem como objetivo apresentar o estado da arte sobre o tema e fornecer subsídios para e políticas sobre mudança do clima e o Plano Nacional de Adaptação.