Premiação ‘Momentum for Change’ está em busca de iniciativas concretas para combater as mudanças climáticas. Vencedores vão participar da Conferência do Clima da ONU de 2016, no Marrocos, além de receber uma série de outros benefícios que pretendem dar visibilidade e financiamento para os projetos. Prazo é dia 25 de abril
Até 25 de abril, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) recebe inscrições para a premiação “Momentum for Change”, que vai selecionar projetos de sucesso voltados para o combate às mudanças climáticas. O prêmio será dado às iniciativas mais inovadoras e que sejam capazes de serem replicadas em larga escala.
Podem participar organizações, comunidades, cidades, empresas, governos e outras entidades que estiverem engajadas em ações concretas para impedir as transformações do clima. Os projetos selecionados receberão da UNFCCC o título de “Lighthouse Activity”.
Em 2016, as iniciativas deverão focar em algum das três áreas-chaves definidas pela UNFCCC: mulheres por resultados; financiamento para investimentos sensíveis às questões climáticas; e soluções em tecnologia da informação e da comunicação.
Os ganhadores receberão diversos benefícios, incluindo participação – com todos os custos pagos – na Conferência do Clima da ONU de 2016, no Marrocos; acesso a decisores políticos e patrocinadores potenciais durante o evento; reconhecimento público pela UFCCC; apoio de relações públicas, treinamento para a comunicação com a imprensa; produção de vídeos promocionais de alta qualidade sobre o respectivo projeto e de podcasts; uma página sobre o projeto no site da UNFCCC; e recursos gráficos como serviços de design e fotografia profissional.
Os projetos vencedores serão anunciados em setembro e a cerimônia de premiação deverá ocorrer em novembro.
Para inscrever seu projeto e conhecer todos os detalhes da premiação, acesse http://bit.ly/1MSZNov
Fonte: ONU BR
Se as emissões de gases do efeito estufa continuarem a aumentar no ritmo atual, o degelo na Antártida pode causar o aumento de mais de um metro do nível do mar em 2100 e em mais de 15 metros em 2500, segundo os resultados de um estudo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature".
O relatório elaborado pelas universidades de Massachusetts Amherst e a Estatal da Pensilvânia indica que o degelo simulado pelo modelo usado pelos especialistas "seria o suficiente para duplicar" as recentes estimativas do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática sobre o aumento do mar nos próximos cem anos.
O cientista Robert DeConto, da Universidade de Massachusetts, afirmou, em comunicado, que "isto poderia representar um desastre para muitas cidades de baixa altitude. Por exemplo, Boston poderia presenciar nos próximos cem anos um aumento de mais de 1,5 metro no nível do mar".
No entanto, "a boa notícia é que uma redução agressiva das emissões limitará o risco de um retrocesso considerável na camada de gelo da Antártida", acrescentou o especialista.
DeConto e David Pollard, da Universidade Estatal da Pensilvânia, desenvolveram um modelo que leva em conta os processos físicos vinculando o aquecimento atmosférico com a dinâmica dos gelos, por exemplo o efeito da superfície de água derretida na desintegração das camadas de gelo e a derrubada das geleiras.
O estudo mostra que se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas a camada de gelo da Antártida pode aumentar em mais de um metro o nível do mar em 2100 e em mais de 15 metros em 2500.
O aquecimento atmosférico se tornará o principal responsável pela perda de gelo e o aquecimento prolongado dos oceanos atrasará a recuperação do gelo "durante centenas de anos".
Estas novas estimativas de aumento do nível das águas foram comparadas pelos especialistas com episódios anteriores de aumento do mar e retrocesso do gelo ocorridos na última era interglacial (por volta de 130 mil ou 115 mil anos atrás) e no período Plioceno (há três milhões de anos).
Fonte: Terra
Governos dos dois maiores emissores de carbono do planeta confirmam assinatura em 22 de abril, dia da cerimônia oficial das Nações Unidas, e se comprometem a ampliar esforço multilateral para adoção de renováveis
A poucas semanas da cerimônia oficial de assinatura do acordo do clima, Estados Unidos e China dão um impulso significativo à confirmação do sucesso diplomático da conferência de Paris. Em declaração conjunta, os governos dos dois países afirmam que assinarão o Acordo de Paris no dia 22 de abril, data que marca o início do período de assinaturas. Também declaram que tomarão as medidas necessárias para adotar o acordo “tão logo seja possível” e “encorajam” os demais membros da Convenção de Mudança Climática das Nações Unidas a fazer o mesmo.
Desde 2014, China e EUA têm atuado conjuntamente em acordos sobre energia e redução de emissões, bem como em alguns posicionamentos semelhantes sobre o acordo selado na COP21, a conferência do clima da ONU, que ocorreu em Paris em dezembro de 2015. “Ambos os países têm tomado fortes medidas em casa para construir uma economia verde, de baixo carbono e resistente ao clima, ajudando a incentivar a ação global para combater as mudanças climáticas e culminando no Acordo de Paris”, diz a declaração.
A assinatura do acordo é um momento apenas político, de reafirmação pelos líderes dos compromissos de Paris. A cerimônia não tornará o acordo efetivo: para que ele entre em vigor, é preciso que seja ratificado (ou seja, convertido em lei doméstica ou algo equivalente) por pelo menos 55 países que respondam por 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. Mesmo assim, a ONU e a França, que presidiu a COP21, estão em campo para levar o maior número possível de chefes de Estado e governo a Nova York no dia 22 – inclusive Dilma Rousseff, que poderá estar com o processo de impeachment em seus momentos decisivos nessa data.
Por exemplo, no Brasil, o acordo deve ser aprovado pelo Congresso para entrar em vigor. Não se sabe ainda quando esse assunto entra na pauta da Câmara e do Senado, dominados pela crise política. Até agora, a ratificação ocorreu somente em três países: Fiji, Palau e Ilhas Marshall – países com baixíssimos níveis de emissões que já estão sofrendo graves consequências das mudanças climáticas, com o aumento do nível do mar e tempestades.
Nos Estados Unidos ocorre da mesma forma, e o presidente Barack Obama não tem um caminho fácil pela frente. O Congresso dos EUA é composto por maioria republicana, que trabalha muito bem quando o objetivo é atrasar a agenda de redução de emissões. A diplomacia norte-americana, antevendo essa dificuldade, trabalhou na COP21 para que questões como as metas de redução de emissões e novos custos para o país em financiamento global de ações pelo clima ficassem de fora do texto principal do acordo, para que não precisassem passar por aprovação no Senado. Assim, teoricamente, Obama tem caminho livre para a implementação do acordo por um ato do Executivo, driblando o Congresso.
A dificuldade da agenda se confirmou logo depois da festa em Paris: o principal trunfo do presidente norte-americano na agenda de clima encontra-se em “stand-by”. A Suprema Corte do país suspendeu o plano de energia limpa até que todas as ações contra o programa tenham seu mérito julgado. São quase 30 ações correndo na Justiça e a principal barreira, além da própria indústria, são os Estados governados por republicanos e que dependem economicamente das minas de carvão, maior alvo de Obama para reduzir emissões.
Na China, o cenário parece mais positivo. O plano quinquenal do país, aprovado neste mês pelo parlamento, indica mudança de rumo nos investimentos e crescimento das renováveis. Até 2020, a China deve cortar 18% das emissões de CO2. Nesta semana a agência oficial de energia também afirmou que a meta é triplicar a energia solar no país no mesmo período. A China é hoje o país que mais investe em energia solar e eólica no mundo. De acordo com dados das Nações Unidas divulgados nesta semana, o país foi responsável por 36% dos US$ 286 bilhões investidos em renováveis em 2015 – um novo recorde do setor.
EUA e China sinalizaram também novos esforços conjuntos em inovação no mercado de renováveis e incentivo à cooperação multilateral no setor. “A declaração envia um sinal extremamente poderoso”, diz David Waskow, diretor internacional de clima do WRI (World Resources Institute). “Isso demonstra continuidade de Paris e um compromisso por parte dos Estados Unidos e da China para colaborar e impulsionar a ação climática para frente no palco global.”
Os presidentes Barack Obama e Xi Jinping se comprometem a trabalhar a agenda de clima com outros países e em fóruns multilaterais relacionados, como a reunião sobre o Protocolo de Montreal sobre hidrofluorocarbonetos, em abril deste ano, e na assembleia da Organização Internacional de Aviação Civil, em setembro.
Fonte: Observatório Clima
Independentemente de quem venha a vencer a eleição para a presidência dos Estados Unidos, o ” slogan” da campanha de Bernie Sanders (“Um futuro que se pode acreditar”) permanecerá sendo a esperança nos corações e mentes de boa parte da população mundial, em especial naqueles que temem as consequências do aquecimento global.
A surpreendente, para alguns, popularidade do senador de 74 anos de Vermont, deve-se muito a um discurso apaixonado e jovial, típico daqueles que tem a intenção de mudar o mundo, misturando um pouco de idealismo com uma pitada de ingenuidade, coragem e disposição.
É evidente que esta popularidade também é fruto de um descontentamento em relação a administração do atual presidente Barack Obama, apesar de haver o reconhecimento de que muitos avanços, sobretudo na área climática, ocorreram em sua administração. Foi sob o comando de Obama que os EUA aceitaram o acordo climático, negociado em Paris no fim de 2015, tendo sido o maior avanço da Convenção do Clima no enfrentamento ao aquecimento global.
Independentemente de quem venha a vencer a eleição para a presidência dos Estados Unidos, o ” slogan” da campanha de Bernie Sanders (“Um futuro que se pode acreditar”) permanecerá sendo a esperança nos corações e mentes de boa parte da população mundial, em especial naqueles que temem as consequências do aquecimento global.
A surpreendente, para alguns, popularidade do senador de 74 anos de Vermont, deve-se muito a um discurso apaixonado e jovial, típico daqueles que tem a intenção de mudar o mundo, misturando um pouco de idealismo com uma pitada de ingenuidade, coragem e disposição.
É evidente que esta popularidade também é fruto de um descontentamento em relação a administração do atual presidente Barack Obama, apesar de haver o reconhecimento de que muitos avanços, sobretudo na área climática, ocorreram em sua administração. Foi sob o comando de Obama que os EUA aceitaram o acordo climático, negociado em Paris no fim de 2015, tendo sido o maior avanço da Convenção do Clima no enfrentamento ao aquecimento global.
Fonte: Projeto Colabora