"A Terra pode ficar inabitável, pois são muitos os processos que estão afetando a capacidade de sobrevivência da humanidade. Provavelmente, a Terra não ficará desabitada, mas a qualidade de vida da população mundial poderá reduzir bastante em um Planeta degradado. O Holoceno garantiu 10 mil anos de estabilidade climática. O Antropoceno e a grande aceleração das atividades antrópicas estão desequilibrando o clima e transformando a biosfera em um habitat inóspito e inabitável", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 19-07-2017.
Eis o artigo.
“Para cada mil pessoas dedicadas a cortar as folhas do mal, há apenas uma atacando as raízes.” Henry ThoreauA revista New York Magazine (NYMag) publicou, no dia 09-07-2017, uma matéria denominada “The Uninhabitable Earth” – pintando no pior cenário, um Armagedon climático – que se tornou viral e foi comentada amplamente em diversos países e passou a ser o artigo mais lido da revista. Infelizmente, pouco se falou sobre o assunto no Brasil. A matéria, com chamada de capa, feita a partir de entrevistas com cientistas renomados, traz uma visão catastrófica do efeito do crescimento das atividades antrópicas sobre os ecossistemas e as mudanças climáticas. A repercussão foi enorme. Houve muita comoção pelo tom apocalíptico, reproduzido por uma grande revista que tem respeitabilidade e repercussão imediata.
Imagens feitas por um fotógrafo anônimo mostram a área central da capital coberta de branco, em uma geada ocorrida em 1961.
A onda de frio vinda do Chile e da Argentina fez congelar a região Sul do Brasil e trouxe geada ao Sudeste. E ela deve chegar ao Centro-Oeste nesta quarta-feira (19), fazendo a temperatura despencar. No entanto, dificilmente proporcionará imagens incríveis como as registrada em 1961 por um fotógrafo anônimo.
As imagens mostram as vias e os gramados da Esplanada dos Ministérios e ao redor da Rodoviária do Plano Piloto cobertos de branco, como se estivessem tomados por neve. As fotografias, até então inéditas, foram publicadas pelo fotógrafo Gilson Motta em uma página do Facebook dedicada à capital, batizada de Brasília das antigas que amamos.
“Essas fotos foram compradas pelos meus pais, de um fotógrafo que circulava pela Esplanada; foi o primeiro registro fotográfico de uma geada, ocorrida em 1961”, contou Gilson Motta.
Na sexta-feira nevou tanto em San Carlos de Bariloche que parecia que a cidade se havia mudado para o cerro Catedral, o famoso pico de 2.405 metros na Cordilheira dos Andes, situado a 19 quilômetros do centro desta turística cidade argentina, e que abriga um importante centro de escalada e as pistas de esqui mais importantes da América do Sul.
No entanto, o mais duro estava por vir: a nevasca deste domingo foi considerada oficialmente a maior em 22 anos, um manto branco que trouxe consigo um recorde absoluto de temperaturas. A cidade coberta já é uma notícia em si mesma. As calefações e chaminés das casas costumam atuar como escudo quando as temperaturas são baixas, por isso é comum ver a neve na periferia, mas não na zona urbana.
Desta vez tudo ficou coberto de neve e, portanto, a previsão é da melhor temporada em anos para esquiar.
Iceberg gigante se desprende na Antártica.
Um pedaço de gelo flutuante com uma área aproximada de 6.452 km² e que pesa mais de um trilhão de toneladas métricas se separou da Península Antártica, produzindo um dos maiores icebergs já registrados, e fornecendo um vislumbre de como a camada de gelo da Antártida pode começar a desmoronar. Uma fenda de mais de 193 km de comprimento se desenvolveu ao longo de vários anos em uma plataforma de gelo flutuante chamada Larsen C, e cientistas que acompanharam isso confirmaram nesta quarta-feira (12/07) que o enorme iceberg havia se partido. Não há consenso científico sobre se o aquecimento global é culpado. Contudo, de acordo com pesquisadores do Projeto Midas, da Universidade de Swansea e Aberystwyth University, na Grã-Bretanha, que acompanhava a fenda desde 2014 o cenário da Península Antártica está se transformando. Cientistas temem o risco de que o degelo possa elevar o nível do mar em vários metros. Quão rápido isso pode acontecer não é claro.
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Fonte: New York Times