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Depois de duas semanas de conversações e dois anos de trabalho, quase 200 países superaram, neste sábado (15), as divisões políticas para chegar a um consenso sobre uma estrutura mais detalhada para o Acordo de Paris de 2015, que visa limitar o aumento da temperatura média mundial para, no máximo, 2ºC até o fim do século.
Após as intensas negociações que começaram no último dia 2, os representantes de 197 países concordaram com o chamado "livro de regras" que governará a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas. O Acordo de Paris estabelece que os compromissos de cada país para reduzir os gases estufa — as chamadas "contribuições nacionais" — são voluntários.
"Foi um longo caminho, não foi uma tarefa fácil. O impacto deste pacote de medidas é positivo para o mundo", comemorou o presidente da COP24, o polonês Michal Kurtyka, depois de uma reta final agonizante de negociações, que terminou mais de 24 horas atrasada. A previsão inicial era de que a conferência terminasse na sexta (14).
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O relatório encomendado pela própria UNFCCC sobre o aquecimento de 1,5 °C e possíveis consequências principalmente para os países mais vulneráveis sendo menosprezado pelo Kuwait, Arábia Saudita, Rússia e EUA, os principais países produtores de petróleo, que tentam impedir a adoção internacional de medidas que têm por meta limitar o aquecimento global a no máximo 1,5ºC.
A ciência não pode ser ignorada! Deve subsidiar a tomada de decisão! A ciência deve ser “very welcome” nas negociações!
O secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou a comunidade internacional a superar suas diferenças para relançar a luta contra a mudança climática durante as negociações desta quarta-feira (12) da Conferência do Clima da ONU, a COP 24, segundo informações da agência France Presse. A reunião tenta definir um "livro de regras" para o Acordo de Paris — cujo principal objetivo é manter o aquecimento do planeta abaixo de 2ºC.
"Pode soar como um apelo dramático, e é exatamente isso. As questões políticas essenciais ainda não foram resolvidas", constatou Guterres, que voltou à cidade polonesa onde cerca de 200 países estão reunidos até sexta-feira (14) para tentar definir o livro de regras.
"Desperdiçar esta oportunidade comprometeria nosso maior trunfo para frear a mudança climática. Não seria apenas imoral, mas suicida", insistiu, em um discurso feito às delegações nacionais.
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