Consulta Pública ao Volume 1: Base científica das mudanças climáticas - Primeiro Relatório de Avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC)

 

A Secretaria Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas tem a honra de convidá-lo(a) a participar do processo de Consulta Pública ao Volume 1: Base Cientifica das Mudanças Climáticas fruto do trabalho do Grupo de Trabalho 1 para o Primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. 

 

 

O Volume 1 foi elaborado pela comunidade científica do país que trabalha na área de ciência do clima, seguindo os moldes dos relatórios científicos do IPCC, e tem procurado evidenciar as diferentes contribuições naturais e humanas sobre o aquecimento global.

Esse processo, longe de trivial, baseia-se na análise de grandes quantidades de dados observacionais e na utilização de modelos climáticos que, apesar de se constituírem no estado da arte atual, ainda apresentam algum grau de incerteza em suas projeções das mudanças futuras de clima e dos seus impactos nos sistemas naturais e humanos.

O Relatório estará disponível para consulta pública no site do PBMC por um prazo de um mês, acompanhado por uma planilha para comentários, através da qual, especialistas e interessados no setor poderão enviar sugestões, correções e observações, que contribuirão para a transparência e a qualidade da versão final do documento.

Os demais Relatórios, referentes aos volumes 2 e 3, respectivamente: Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação e; Mitigação das Mudanças Climáticas, ainda se encontram em fase final de elaboração, mas em breve serão disponibilizados também para Consulta Pública.

A data limite para recebimento de comentários e contribuições é 30 de setembro de 2012. Acima encontra-se o Draft do volume 1 e a planilha para comentários encontra-se disponivel abaixo: 

 

 

Clique na imagem abaixo para o download da Planilha de Comentários.

 

 

 

 

 

Degelo do ártico bate recorde de 2007 e preocupa cientistas

O Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve dos EUA (NSIDC, na sigla em inglês) e a Nasa informaram nesta segunda-feira (27/08) que a camada de gelo do Ártico alcançou uma baixa histórica. O gelo estende-se agora por 4,1 milhões de metros quadrados, a menor área registrada desde que os satélites começaram as medições, em 1979.

A camada diminuiu 70 mil quilômetros quadrados desde o último recorde, registrado em 2007. A redução deixa cientistas e ambientalistas em alerta, pois o gelo do Ártico é considerado vital para o planeta. Ele funciona como uma espécie de ar-condicionado, refletindo o calor do sol para o espaço e ajudando a manter a temperatura global.

"É provável que iremos superar significativamente a diminuição recorde este ano", disse Walt Meier, cientista do centro de dados em Boulder, no Colorado. Espera-se que a camada diminua até a segunda quinzena de setembro, quando ao derretimento de verão costuma chegar ao fim.

Segundo Meier, antes, a camada de gelo do Ártico formava um grande bloco – derretendo um pouco em suas bordas, mas bastante sólido. "Agora é como gelo moído. Pelo menos partes do Ártico se transformaram numa gigante raspadinha de gelo, muito mais fácil e rápido de derreter."

Pior do que o previsto

O degelo foi mais rápido do que o previsto até mesmo nos piores cenários climáticos, de acordo com Michael E. Mann, cientista da Penn State University e principal autor de um relatório da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, de 2001.

"Os modelos previram basicamente que não veríamos o que estamos vendo agora por muitas décadas", disse Mann. "Há uma quantidade de áreas onde as mudanças climáticas parecem estar de fato ocorrendo mais rápido e em maior magnitude do que o previsto."

Waleed Abdalati, cientista-chefe da Nasa, afirma que a marca recorde é um sinal de que, em breve, o Polo Norte não teria mais uma cobertura de gelo significante durante os meses de verão.

"Por que deveríamos nos preocupar? Porque esse gelo foi um fator-chave para criar as condições climáticas e meteorológicas sob as quais a sociedade moderna se desenvolveu", alerta.

Um estudo publicado este ano na revista científica Geophysical Research Letters apontou correlações entre o derretimento do Ártico e eventos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de frio e de calor.

Alerta do Greenpeace

O derretimento de gelo indica que o planeta está "esquentando a um ritmo que coloca o futuro de bilhões de pessoas em risco", afirmou Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace, nesta segunda-feira.

"Esses números não são o resultado de um capricho da natureza, mas efeitos do aquecimento global provocado pelos seres humanos, causado por nossa dependência de combustíveis fósseis poluentes", disse.

Estima-se que o Ártico abrigue um terço das reservas ainda não descobertas de petróleo e gás natural. Com o derretimento da camada de gelo, navios cargueiros adentram cada vez mais águas antes inacessíveis, encurtando viagens entre a China e a Europa, por exemplo.

Fonte: DW / Revisão: Carlos Albuquerque

Debates movimentam Fórum Eco Serra em Nova Friburgo

Mais uma vez a educação está no centro das atenções como solução para os problemas do país. A educação da sociedade é parte da prevenção ou adaptação aos desastres climáticos - uma das mais impactantes realidades ambientais do planeta no momento.

O envolvimento da sociedade foi fator destacado como de importância fundamental nos debates doWorkshop Internacional realizado pela FIRJAN e pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas/COPPE-UFRJ. A mesa foi mediada por Andrea Santos, do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O workshop ocorreu durante o Fórum Eco Serra, realizado pelo Sistema FIRJAN e pelo SEBRAE, com patrocínio da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Centro de Educação Ambiental (CEA), EBMA, Energisa, Holcim, Lafarge, Votorantim; e apoio do Sindmetal, Sinduscon, Sindvest e Prefeitura de Nova Friburgo.

Intensidade e a freqüência dos eventos climáticos irão aumentar

“Nossa interferência no ambiente é contínua. Precisamos saber como lidar com os resultados desse impacto. Espero que esse encontro seja muito proveitoso para todos”, disse a presidente da FIRJAN Regional, Nelci Layola Porto, que contou também sua experiência no Chile, quando a população de uma cidade litorânea aguardava um tsunami em março do ano passado.

“Quando pensamos em um evento como esse, o pano de fundo foi o que aconteceu em janeiro de 2011. No ano passado, tivemos 292 eventos extremos no planeta, 218 associados a questões climáticas. Mais do que nunca é importante debater o assunto em vários níveis. Não é um problema só de governo, é de todo mundo. O improviso predomina quando acontece algum problema, parece que temos que inventar novamente a roda”, disse o conselheiro da FIRJAN e idealizador do evento, Vicente Bastos.

“É fato que a intensidade e a freqüência dos eventos climáticos vão aumentar”, iniciou a representante da Secretaria Estadual do Ambiente, Marcia Real. “São fenômenos muito complexos. Não é possível prever exatamente onde, quando e em que magnitude acontecerão”, afirmou ela.

“Esse é um evento de extrema importância para o mundo e para o Brasil. O mundo sempre ouviu falar de mitigação dos problemas efeito estufa, precisamos pensar na adaptação aos desastres climáticos. Estamos no início de um processo de aprendizado e queremos levar as reflexões de hoje para um evento sobre clima que teremos no Rio de Janeiro a partir de 11 de junho”, disse Andrea Santos, doPainel Brasileiro de Mudanças Climáticas, organizador do Workshop junto com a FIRJAN.

“As ações são difíceis, precisamos ver quais as lições aprendidas. E precisamos da sociedade: como seremos capazes de oferecer redes de cooperação?”, indagou o Secretário Estadual de Saúde e Defesa Civil, Sergio Cortes, presente ao evento, representando o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

A importância da Educação

A primeira palestra do dia foi do Professor Paulo Canedo, que reforçou a importância da educação da sociedade para cooperar com os técnicos especialistas e o governo na prevenção dos efeitos dos desastres. “Não estamos preparados para alarmes, por exemplo. A sociedade brasileira não tem preparo para isso. É um obstáculo que precisa ser superado”, disse o professor, que tratou de diversos aspectos da questão climática na Região Serrana. “Nesse terreno das mudanças climáticas os técnicos ainda têm muita insegurança. Ainda temos muito mais perguntas do que respostas”, resumiu Canedo.

Novos painéis se seguiram ao longo do dia. Os chefes de bombeiros do Reino Unido, John Hindmarch, e da Dinamarca, Kim Lintrup, compartilharam experiências importantes para mitigar os efeito e reduzir os riscos de desastres.

Ficou bastante claro que ter um sistema de emergência abrangente e devidamente estruturado nos diferentes níveis governamentais e com a participação da sociedade é principal instrumento para qualquer plano de prevenção de risco.

Fonte: FIRJAN

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