According to the United Nations’ 2011 Revision of World Urbanization Prospects, global urban population is expected to gain more than 2.5 billion new inhabitants through 2050. Such sharp increases in the number of urban dwellers will require considerable conversion of natural to urban landscapes, resulting in newly developing and expanding megapolitan areas.
Could climate impacts arising from built environment growth pose additional concerns for urban residents also expected to deal with impacts resulting from global climate change?
In the first study of its kind, attempting to quantify the impact of rapidly expanding megapolitan areas on regional climate, a team of researchers from Arizona State University and the National Center for Atmospheric Research has showed that local maximum summertime warming resulting from projected expansion of the urban Sun Corridor could approach 4 degrees Celsius.
This finding, reported in the journal Nature Climate Change, establishes that this factor can be as important as warming that results from increased levels of greenhouse gases.
Arizona’s Sun Corridor is the most rapidly-growing megapolitan area in the United States. Nestled in a semi-arid environment, it is composed of four metropolitan areas: Phoenix, Tucson, Prescott and Nogales. With a population projection expected to exceed 9 million people by 2040, the developing Sun Corridor megapolitan provides a unique opportunity to diagnose the influence of large-scale urbanization on climate, and its relation to global climate change.
"We posed a fundamental set of questions in our study, examining the different scenarios of Sun Corridor expansion through mid-century," says Matei Georgescu, lead author and assistant professor in the School of Geographical Sciences and Urban Planning in ASU’s College of Liberal Arts and Sciences. "We asked, ‘what are the summertime regional climate implications, and how do these impacts compare to climate change resulting from increased emissions of greenhouse gases?'"
The study’s authors used projections of Sun Corridor growth by 2050 developed by the Maricopa Association of Governments, the regional agency for metropolitan Phoenix tasked with providing long-range and sustainably-oriented planning. Incorporating maximum- and minimum-growth scenarios into a state-of-the-art regional climate model, the researchers compared these impacts with experiments using an urban representation of modern-day central Arizona. Their conclusions indicate substantial summertime warming.
“The worst-case expansion scenario we utilized led to local maximum summer warming of nearly 4 degrees Celsius," said Georgescu. "In the best-case scenario, where Sun Corridor expansion is both more constrained and urban land use density is lower, our results still indicate considerable local warming, up to about 2 degrees Celsius.”
An additional experiment was conducted to examine an adaptation where all of the buildings were topped by highly reflective white or “cool” roofs.
“Incorporating cool roofs alleviated summertime warming substantially," says Georgescu, "reducing the maximum local warming by about half. But another consequence of such large-scale urbanization and this adaptation approach also include effects on the region’s hydroclimate."
The cool roofs, like the maximum-growth scenario without this adaptation approach, further reduce evapotranspiration – water that evaporates from the soil and transpires from plants.
Ultimately, comparison of summertime warming resulting from Sun Corridor expansion to greenhouse-gas-induced summertime climate change shows that through mid-century the maximum urbanization scenario leads to greater warming than climate change.
However, the authors say that pinning precise figures on the relative contribution of each effector is difficult.
“The actual contribution of urban warming relative to summertime climate change warming depends critically on the path of urbanization, the conversion of natural to urban landscapes, and the degree to which we continue to emit greenhouse gases,” says Alex Mahalov, a co-author of the Nature Climate Change article and principal investigator of the National Science Foundation grant, “Multiscale Modeling of Urban Atmospheres in a Changing Climate,” which supported the research.
“As well as providing insights for sustainable growth of the Sun Corridor and other rapidly expanding megapolitan areas, this research offers one way to quantify and understand the relative impacts of urbanization and global warming,” says Mahalov, who is the Wilhoit Foundation Dean’s Distinguished Professor in the School of Mathematical and Statistical Sciences at ASU.
The group conducted their numerical simulations using an “ensemble-based” approach. By modifying their model’s initial conditions and repeating their simulations a number of times, they were able to test the robustness of their results. In all, nearly half of a century of simulations were conducted.
“By incorporating differing Sun Corridor growth scenarios into a high-performance computing modeling framework with projections obtained from Maricopa Association of Governments, we quantified direct hydroclimatic impacts due to anticipated expansion of the built environment,” Mahalov added. Simulations were conducted at ASU's Advanced Computing Center (A2C2).
Georgescu says that one take-home message from this study is that the incorporation of sustainable policies need to extend beyond just greenhouse gas emissions. He also stresses the importance of extending adaptation strategies beyond the focus on mere average temperature.
“Truly sustainable adaptation, from an environmental standpoint, must extend to the entire climate system, including impacts on temperature and hydrology,” he says.
The study’s co-authors also included Mohamed Moustaoui, an associate professor in ASU’s School of Mathematical and Statistical Sciences, and Jimy Dudhia, a project scientist in the Mesoscale and Microscale Meteorology Division at the National Center for Atmospheric Research. All three ASU co-authors are affiliated with ASU’s College of Liberal Arts and Sciences and the Global Institute of Sustainability.
Photo by: Tim Roberts Photography/Shutterstock.com
Fonte: Arizona State University
O custo financeiro das catástrofes naturais triplicou nos últimos 30 anos e alcançou um total de 3,5 trilhões de dólares, segundo avaliação publicada nesta quarta-feira pelo Banco Mundial e o governo do Japão.
"Necessitamos de uma cultura de prevenção", afirmou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em um comunicado conjunto com o governo japonês, e assegurou que apesar de "nenhum país ter como evitar o risco de uma catástrofe natural, todos podem reduzir sua vulnerabilidade".
"A prevenção pode ser muito menos custosa que a reposta a uma catástrofe natural", acrescentou Jim em Tóquio, onde esta semana se realiza a assembleia anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
Nos últimos dez anos, o Banco Mundial financiou atividades relacionadas com catástrofes naturais que permitiram salvar vidas em 92 países distintos por um valor próximo dos 18 bilhões de dólares.
Todos os governos têm interesse em integrar a gestão de riscos naturais em seu planejamento e em seus programas de investimento, segundo os autores do comunicado conjunto.
Fonte: Exame.com
Até 2040, o Semiárido brasileiro, que abrange mais de 90% do território pernambucano, poderá sofrer redução de chuvas de até 20%, e aumentos de temperaturas de até 1 grau Celsius. O alarme foi dado pelo mais recente relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), que reúne os resultados de várias comunidades científicas do país dedicados ao tema.
Para conscientizar a população sobre as vulnerabilidades do Estado, e debater as ações e propostas para mitigá-las, o Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas se reúne em evento aberto ao público nesta sexta-feira (21/09), no Hotel Ondamar (Rua Ernesto de Paula Santos, 284, Boa Viagem), das 9h às 13h. O evento será realizado em conjunto com a LXIX Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), ambos sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas).
Entre os palestrantes convidados, a secretária executiva do PBMC, Andréa Santos, e o cientista Antonio Rocha Magalhães, que preside o Comitê Científico da Convenção da ONU para Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD). E ainda, para abordar sobre outra vulnerabilidade do Estado, referente à elevação do nível do mar, o professor Moacyr Araújo, do Departamento de Oceanografia da UFPE.
O secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, que é presidente do Consema, fará a abertura do evento, apresentando o conjunto de ações que o Estado vem realizando em obediência ao Plano Estadual de Mudanças Climáticas, pioneiro no país, lançado em 2011.
“A ampliação do número das Unidades de Conservação estaduais de Caatinga e Mata Atlântica, e seu fortalecimento por meio de ações como o programa Caatinga Sustentável; os planos de Combate à Desertificação e o de Resíduos Sólidos; e ainda o Programa de Regeneração das Praias (do Grande Recife) são exemplos de medidas que estamos tomando para enfrentar estas alterações do clima”, adiantou Sérgio Xavier.
HOT SPOTS - Os chamados “hotspots” do clima são os pontos do planeta mais susceptíveis aos aumentos das temperaturas globais. Pernambuco é um deles, graças a dois efeitos graves das elevações: a desertificação, fenômeno que ameaça todo o nosso Semiárido (90,68% do território); e as inundações decorrentes do avanço dos oceanos, que afetariam a região metropolitana.
Para enfrentar e se adaptar a estes contextos, o Estado tornou-se o primeiro do país a definir um Plano Estadual de Mudanças Climáticas, instituído pela Lei Estadual nº 14.090/10, que desde então vem estabelecendo uma série de ações para combate e enfrentamento aos efeitos do clima.
Já o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) foi criado em setembro de 2009, resultado de uma ação conjunta entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Meio Ambiente (MMA), visando fornecer avaliações cientificas sobre as mudanças climáticas de relevância para o Brasil, incluindo os impactos, vulnerabilidades e ações de adaptação e mitigação. Mais informações: http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/pt/
Serviço:
IV Reunião do Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas e LXIX Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente
Data: 21 de setembro de 2012
Horário: das 9h às 13h
Local: Hotel Ondamar - Rua Ernesto de Paula Santos, 284 - Boa Viagem
Programação
Abertura: “Ações do Governo do Estado para enfrentamento e mitigação das Mudanças Climáticas em Pernambuco” - Sérgio Xavier – Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) e presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema)
Palestra 1: Apresentação do Documento "Base Científica das Mudanças Climáticas - Primeiro Relatório de Avaliação Nacional - Volume 1" - Andrea Souza Santos - Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC)
Palestra 2: As Mudanças Climáticas e suas repercussões para a Costa de Pernambuco - Moacyr Cunha de Araújo Filho – Departamento de Oceanografia da UFPE.
Palestra 3: As Mudanças Climáticas e suas repercussões para o Semiárido Nordestino - Antonio Rocha Magalhães - Presidente do Comitê Científico da Convenção da ONU para Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD).
Fonte: InterJornal
Por Tércio Ambrizzi e Paulo Artaxo
A Universidade de São Paulo tem destacado papel na liderança em pesquisa científica na área de mudanças climáticas. A criação do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (Incline – Interdisciplinary Climate Investigation Center), dentro da chamada de incentivo à pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa, gerou a possibilidade de integrar e potencializar colaborações essenciais nessa área intrinsecamente multidisciplinar, que demanda a realização de pesquisas integradas no País – fundamentais para garantir o forte embasamento científico das futuras estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
A Rede Clima, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Mudanças Climáticas e o programa Fapesp de Mudanças Climáticas são iniciativas importantes que o Incline pretende reforçar como um programa integrado de pesquisas, aglutinando o “estado da arte” da ciência desenvolvida pela USP e possibilitando a necessária união dos esforços de pesquisa da Universidade sobre esse tema fundamental para o Brasil e para o planeta.
O Incline envolve mais de 58 pesquisadores da USP e acima de 90 colaboradores externos, organizados através de subprojetos integrados na temática de mudanças globais e em colaborações já bem estabelecidas com projetos em andamento pelos vários grupos que compõem o núcleo (ver o site www.incline.iag.usp.br).
Considerando apenas o número de pesquisadores da USP e suas diferentes áreas de atuação, será que não passamos da fase de discutir se o nosso planeta está aquecendo – o que é comprovado por diversas fontes de dados instrumentais de diferentes instituições internacionais desde o século 19 – para uma discussão do que devemos fazer com os avanços do conhecimento que estamos adquirindo ao longo dos últimos anos? Dados paleoclimáticos têm indicado que as concentrações de CO2, um dos gases de efeito estufa, estão quase 40% acima do observado nos últimos 800 mil anos. Será que o homem não tem alguma contribuição nisso?
Ondas de calor na Europa, com temperaturas recordes comparadas a dados dos últimos 500 anos, o furacão Catarina, na costa brasileira, nunca antes observado, degelo recorde do Ártico em 2012, enchentes e secas mais frequentes que as registradas no passado, entre outros fenômenos, não sugeririam uma resposta do sistema terrestre ao aquecimento da atmosfera que vem ocorrendo ao longo dos últimos 40 anos? A presença de vetores que transmitem doenças como malária e dengue, que têm encontrado um ambiente quente e úmido em regiões onde antes não existiam, tem mostrado evidentes sinais de avanço e impactos na saúde. Estudos de pesquisadores do Incline mostram claramente que a frequência de eventos extremos na cidade de São Paulo tem aumentado, inclusive durante os períodos mais secos do inverno, além de mudanças já detectadas nas estações chuvosas do nosso país.
Alguns menos familiarizados com modelos numéricos (baseados em equações matemáticas) dizem que muitos de seus resultados são fantasiosos e incorretos ou mesmo pouco confiáveis. Cabe ressaltar, no entanto, que diversas áreas da ciência se utilizam dessa ferramenta e que a tecnologia que temos disponível atualmente em carros, celulares, equipamentos hospitalares e muitos outros faz uso de simulações numéricas para estudar como tais equipamentos se comportam antes de serem fabricados. O mesmo ocorre nas ciências atmosféricas, com a vantagem adicional de podermos simular o clima presente e comparar os resultados com dados já conhecidos, antes de partirmos para análises do clima futuro, considerando o aumento de gases de efeito estufa. É claro que existem incertezas de diversas formas, mas o conhecimento tem avançado e a cada ano aumentamos mais nossa compreensão do complexo sistema climático.
Um exemplo de como esse avanço já conquistou a credibilidade da população em geral está no fato de que, há cerca de dez anos, ninguém acreditava muito em previsão de tempo com vários dias de antecedência. Atualmente, quem não presta atenção às previsões feitas nos vários meios de comunicação e não se programa para o final de semana?
Ainda assim, a mídia com frequência dá espaço a cientistas que negam a existência do aquecimento global devido à influência do homem, chamando-os de “céticos”. No entanto, esse termo é empregado erroneamente, pois todo bom cientista é um cético por definição, uma vez que procura entender a natureza através da pesquisa científica. Para responder às questões levantadas, o bom pesquisador busca suas respostas em dados observacionais e formula hipóteses, além de utilizar, inclusive, modelagem numérica para testar suas teorias. A todo esse procedimento damos o nome de método científico. Uma vez realizada a pesquisa, a mesma é submetida a revistas preferencialmente internacionais, para que seja primeiramente avaliada por outros pesquisadores e posteriormente publicada para orientar avanços da ciência.
Infelizmente, o que temos observado atualmente é que os “negacionistas” pouco têm contribuído para o avanço do conhecimento do clima. Um argumento frequentemente apresentado é que seus trabalhos são rejeitados pelas revistas especializadas. Talvez há dez ou 20 anos isso até pudesse ocorrer e ninguém realmente saberia. No entanto, com o uso da internet, um trabalho de valor, conduzido com o devido rigor científico e publicado na página do pesquisador, poderia ser acessado por milhares ou milhões de internautas e, dessa forma, ser avaliado devidamente.
Creio que a possibilidade de haver uma mudança do clima de origem antrópica deve ser fruto de intensa pesquisa, estudo e seriedade. É nossa responsabilidade o legado que deixaremos para as futuras gerações e o princípio da precaução deve ser utilizado, mesmo que haja incertezas sobre o quanto o homem está contribuindo para o atual aquecimento e o quanto é variabilidade natural.
Mesmo que consideremos ser o atual estágio do aquecimento 99% fruto de variabilidade natural e apenas 1% de origem antrópica, ainda assim deveríamos nos preocupar. Um amigo, uma vez, me perguntou: “Você voaria por uma companhia aérea que garantisse que 99% dos seus voos não caem?”. Ou seja, sabendo que 1% pode cair, o que você faria? Sendo assim, devemos tratar o aquecimento global com mais ciência e menos mitos.
Tércio Ambrizzi, diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, ePaulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da USP, são coordenadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (Incline) da USP (www.incline.iag.usp.br).
Fonte: Jornal da USP