O mundo precisa gastar 700 bilhões de dólares adicionais por ano para controlar seu “vício” em combustíveis fósseis, que é apontado como maior causa da mudança climática atualmente em curso, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Fórum Econômico Mundial (FEM).
Na semana em que líderes de governos e da iniciativa privada se preparam para sua reunião anual no fórum de Davos, na Suíça, as nações permanecem profundamente divididas a respeito de quem deve pagar a conta pela redução das emissões humanas de gases do efeito estufa .
As recessões em nações desenvolvidas desde a crise financeira global de 2008 levaram a uma redução nas emissões, mas também deixaram os governos com menos recursos para investir em tecnologias limpas .
A Aliança de Ação para o Crescimento Verde, que compilou o estudo para o FEM, disse que o gasto extra seria necessário para promover outras formas de geração energética (como a solar e eólica) e uma maior eficiência em setores como construção, indústria e transportes.
Esses 700 bilhões se somam a 5 trilhões de dólares a serem gastos por ano até 2020 em obras de infraestrutura sob o atual cenário.
“Moldar uma economia global adequada ao século 21 é o nosso maior desafio”, escreveu no relatório o ex-presidente mexicano Felipe Calderón, presidente da Aliança, um grupo público-privado vinculado ao FEM e criado no ano passado numa reunião do G20 no México.
O estudo disse que um aumento anual de 36 bilhões de dólares nos gastos públicos globais contra a mudança climática, passando de 90 para 126 bilhões por ano, poderia desencadear um investimento privado ainda maior, num valor de até 570 bilhões de dólares por ano.
Mas os governos e a iniciativa privada nem sempre têm conseguido trabalhar conjuntamente na questão climática.
“Ainda há dinheiro do setor privado indo para a destruição climática”, disse Jake Schmidt, diretor internacional de políticas climáticas do Conselho Nacional de Defesa dos Recursos, de Washington.
“Para lidar com a mudança climática, todos precisam avançar na direção certa. E a chave para tudo isso será como você libera grandes fontes de financiamento privado … Os fundos de riquezas soberanas e os fundos de pensão têm muito capital. Mobilizá-los seria o Santo Graal.”
O relatório encomendado pelo FEM apontou alguns sinais de otimismo. O investimento global em energias renováveis em 2011 bateu um novo recorde, chegando a 257 bilhões de dólares, uma alta de 17 por cento em relação ao ano anterior.
Mas as negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro, no Catar, terminaram com poucos avanços a respeito de um marco global para as reduções de emissões.
Em vez disso, os governos decidiram criar um novo tratado climático da ONU para entrar em vigor em 2020.
Um estudo publicado neste mês pelo periódico Nature disse que seria bem mais barato agir agora para manter o aquecimento global dentro de um limite de 2 graus Celsius definido pela ONU, em vez de esperar até 2020.
Fonte Ambiente Brasil
A Secretaria Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas tem a honra de convidá-lo(a) a participar do processo de Consulta Pública ao Volume 3: Mitigação das Mudanças Climáticas fruto do trabalho do Grupo de Trabalho 3 para o Primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O Volume 3 foi elaborado pela comunidades científica do país que trabalha na área de ciência do clima, seguindo os moldes dos relatórios científicos do IPCC, e tem procurado evidenciar as diferentes contribuições naturais e humanas sobre o aquecimento global.
Este processo, longe de trivial, baseia-se na análise de grandes quantidades de dados observacionais e na utilização de modelos climáticos que, apesar de se constituírem no estado da arte atual, ainda apresentam algum grau de incerteza em suas projeções das mudanças futuras de clima e dos seus impactos nos sistemas naturais e humanos.
O Relatório estará disponível para consulta pública no site do PBMC por um prazo de um mês, acompanhado por uma planilha para comentários, através da qual, especialistas e interessados no setor poderão enviar sugestões, correções e observações, que contribuirão para a transparência e a qualidade da versão final do documento.
A data limite para recebimento de comentários e contribuições é 17 de janeiro de 2013. O Draft do volume 2 encontra-se clicando na figura acima e a planilha para comentários encontra-se no botão abaixo:
Clique na imagem abaixo para o download da Planilha de Comentários.
A Secretaria Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas tem a honra de convidá-lo(a) a participar do processo de Consulta Pública ao Volume 2: Impactos, vulnerabilidades e Adaptação fruto do trabalho do Grupo de Trabalho 2 para o Primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O Volume 2 foi elaborado pela comunidades científica do país que trabalha na área de ciência do clima, seguindo os moldes dos relatórios científicos do IPCC, e tem procurado evidenciar as diferentes contribuições naturais e humanas sobre o aquecimento global.
Este processo, longe de trivial, baseia-se na análise de grandes quantidades de dados observacionais e na utilização de modelos climáticos que, apesar de se constituírem no estado da arte atual, ainda apresentam algum grau de incerteza em suas projeções das
mudanças futuras de clima e dos seus impactos nos sistemas naturais e humanos.
O Relatório estará disponível para consulta pública no site do PBMC por um prazo de um mês, acompanhado por uma planilha para comentários, através da qual, especialistas e interessados no setor poderão enviar sugestões, correções e observações, que contribuirão para a transparência e a qualidade da versão final do documento.
A data limite para recebimento de comentários e contribuições é 17 de janeiro de 2013. O Draft do volume 2 encontra-se clicando na figura acima e a planilha para comentários encontra-se no botão abaixo:
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O ano passado foi o 10º mais quente desde que registros começaram a ser realizados, em 1880, com temperaturas médias globais 0,57º C acima daquelas registradas no século 20, informaram cientistas americanos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) nesta terça-feira (15). A agência espacial Nasa também apresentou dados nesta terça que mostram que 2012 está entre os dez anos com maiores temperaturas desde o início das medições.
O relatório divulgado pela NOAA aponta que as temperaturas mundiais estiveram acima da média pelo 36º ano seguido em 2012, com regiões do Hemisfério Norte registrando seu ano mais quente. Eventos climáticos extremos e a temperatura do planeta podem aumentar ainda mais devido às emissões industriais de carbono e outros gases causadores do efeito estufa, que aprisionam o calor na atmosfera.
Na última semana, a NOAA havia divulgado que a área continental dos Estados Unidos registrou em 2012 o ano mais quente da história. No entanto, em algumas regiões, incluindo partes do Alasca, o oeste do Canadá, o centro da Ásia e a Antártica ficaram mais frias.
Ainda assim, a temperatura média global nos primeiros anos do século 21 já supera a média global registrada em quase todo século 20 (exceto 1998).
Nasa também divulga resultados – De acordo com a agência espacial americana Nasa, 2012 foi o nono mais quente desde 1880, com temperatura média de 14,6 ºC – 0,6 ºC mais quente do que a média do século passado.
Os cientistas também enfatizam que, apesar das flutuações meteorológicas que podem ocorrer ao longo dos anos, o contínuo incremento da concentração de gases-estufa na atmosfera deverá “assegurar” um aumento ao longo prazo da temperatura global. “Cada ano que passará não necessariamente será mais quente que o anterior, no entanto, a década sucessiva deverá ser mais quente que a anterior”, explica a agência em um comunicado.
Segundo a Nasa, o nível de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera em 1880 era de 285 partes por milhão (ppm) – durante o segundo período da Revolução Industrial. Em 1960, a concentração de CO2 atmosférico era de 315 ppm. Já em 2012, a medição apontou 390 ppm. (Fonte: Globo Natureza)
Fonte: Ambiente Brasil