As chuvas que caíram em SP nos últimos dias e as que caíram em BH mostram claramente que estão despreparadas para o que vem pela frente. Pior, parecem estar no fundo do buraco e cavando.
Há muito tempo se sabe que o aquecimento global trará eventos climáticos mais extremos e mais frequentes. Marcelo Leite, na Folha, foi na mosca: “Pois os dois problemas são precisamente esses dois: cairão chuvas cada vez mais intensas, como avisam há décadas pesquisadores do clima, e governantes continuarão tentando tirar o corpo fora e insistirão em obras erradas em sua concepção”, referindo-se a piscinões, canalizações e mais avenidas expressas que, junto com a urbanização costumeira, acabam impermeabilizando o solo.
Leite alerta que “médias históricas não servem mais para planejar a rede de drenagem. Não faz sentido continuar insistindo em represar águas, pois os engenheiros não têm chance de vencer essa luta com a mudança do clima. Está na hora de rever os pressupostos e chamar urbanistas, climatologistas e ambientalistas para a mesa de discussão. Em lugar de construir mais pistas nas avenidas marginais, aumentando a impermeabilização do solo, que tal devolver as áreas de várzea para os rios e parar de aprisioná-los com cimento?”
Nabil Bonduki, também na Folha, foi feliz no título do seu artigo: ”Com chuvas cada vez mais intensas, rios que viram ruas voltarão a ser rios”.
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As intensas chuvas que atingiram a Região Metropolitana de São Paulo na madrugada e na manhã desta segunda-feira (10) são exemplo de um fenômeno que tem se tornado cada vez mais comum na região, causado em parte pelas mudanças climáticas e o processo de urbanização desorganizada da cidade.
Uma revisão dos registros de chuvas ao longo das últimas sete décadas aponta que houve um aumento significativo no volume total de precipitação nas temporadas de chuva ao longo do período. Enquanto na década de 1950 praticamente não havia dias com chuvas fortes – expressão usada para designar precipitações com mais de 50 mm –, hoje elas têm ocorrido de duas a cinco vezes por ano nos últimos dez anos.
É o que mostra um trabalho recém-publicado por vários pesquisadores brasileiros liderados pelo climatologista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). “Os eventos extremos estão cada vez mais frequentes, ao mesmo tempo em que a vulnerabilidade da população também. Por isso desastres como enchentes, enxurradas e deslizamentos de terra afetam cada vez mais pessoas”, disse Marengo.
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No dia 11 de fevereiro de 2020 foi comemorado o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”, adotado por resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas em 22 de dezembro de 2015.
O dia reconhece o papel crítico que mulheres e meninas desempenham na ciência e na tecnologia. De acordo com as Nações Unidas, atualmente apenas 30% dos pesquisadores no mundo são mulheres.
Mulheres e meninas representam metade da população mundial e, portanto, também metade desse potencial. A igualdade de gênero, além de ser um direito humano fundamental, é essencial para alcançar sociedades pacíficas, com pleno potencial humano e o desenvolvimento sustentável.
A ciência e a igualdade de gênero são vitais para o alcance das metas de desenvolvimento acordadas internacionalmente, incluindo a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5: Alcançar a igualdade de gênero e “empoderar” todas as mulheres e meninas.
Nos últimos 15 anos, a comunidade global fez um grande esforço para inspirar e envolver mulheres e meninas na ciência. No entanto, estas continuam sendo excluídas de participar plenamente da ciência.
Andréa Santos, professora da COPPE/ UFRJ, relembra que na época da concepção do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), então presidido pelos pesquisadores Carlos Nobre da USP e Suzana Kahn, também da COPPE/ UFRJ - o que na prática já trazia uma mensagem sobre a importância da equidade, com uma mulher e um homem presidindo - ocorreu uma preocupação em garantir o equilíbrio de gênero também entre os autores que trabalharam na elaboração do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional.
Infelizmente, apenas 20% dos autores do PBMC eram mulheres. Ainda temos muitos desafios pela frente. Não basta a luta pela igualdade e equidade de gênero, nos dias atuais ainda temos que provar, apesar de todas as evidências científicas, de que o aquecimento global é real e que as mudanças climáticas estão ocorrendo numa velocidade sem precedentes.
“O mundo precisa de ciência, e a ciência precisa de mulheres.”
Andréa Santos é professora do Programa de Engenharia de Transportes da COPPE/ UFRJ e Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Processos seletivos abertos no âmbito do projeto da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC, que atenderão à contratação de um Analista Técnico e de um Assistente de Projeto.
As candidaturas podem ser feitas até 06/02/2020, conforme as instruções disponibilizadas nos termos de referência na página do PNUD.Para maiores informações, acessar os links a seguir, por gentileza:
ANALISTA TÉCNICOASSISTENTE DE PROJETO