Aquecimento global pode ser catastrófico para o Brasil, alertam cientistas

O Brasil deve esforçar-se para cumprir as metas acordadas no âmbito do Acordo de Paris, e manter seu protagonismo nos esforços multilaterais visando mitigar os efeitos danosos do aquecimento global. Este foi o consenso na reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores (CRE) e de Meio Ambiente (CMA) nesta quinta-feira (30), com renomados cientistas brasileiros que pesquisam as mudanças climáticas.

Impacto total

Para o biofísico Carlos Nobre, que atua junto à Universidade de São Paulo (USP) e também é membro da Academia de Ciências dos EUA (em inglês: NAS), praticamente todas as regiões brasileiras serão inviabilizadas sócio-economicamente, caso a temperatura média mundial aumente 5ºC até o final do século, que é o que pode ocorrer se nada for feito para reduzir as emissões de CO2.

O biofísico chamou a atenção ainda para a possibilidade do Brasil passar a sofrer mais com eventos extremos relacionados a períodos de seca ou de chuvas, respectivamente nas regiões Nordeste e Sudeste. Condições extremas destes fenômenos já vêm se manifestando com uma freqüência muito maior nos últimos anos, e estes extremos podem tornar-se o "novo normal" nestas regiões.

— A situação do Nordeste é muito preocupante. A seca entre 2012 e 2018 foi a mais longa da história, e estas medições são feitas desde o período do Império. A região já vive um período de aridização, por exemplo, no norte da Bahia — avisou Nobre.

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