Nasa: 2016 seria recorde mesmo sem El Niño

O ano de 2016 teria sido o mais quente da história mesmo na ausência do El Niño, e 2017 deverá ser um dos três mais quentes. As afirmações foram feitas por cientistas de duas agências do governo americano nesta quarta-feira (18), durante a divulgação dos dados finais sobre o recorde batido no ano passado.
Já era sabido que 2016 seria o ano mais quente de todos os tempos desde o início dos registros globais, em 1880. Nesta quarta-feira, três dos principais centros de monitoramento climático do planeta disseram quanto: a Nasa e a Noaa (Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera), nos EUA, e o MetOffice, o serviço britânico de meteorologia. Eles apontam que o planeta fechou o ano passado 1,1oC mais quente que a média do período pré-industrial. Os dados foram referendados pela Organização Meteorológica Mundial, a OMM.
O número é inferior ao 1,2oC que havia sido previsto pela própria OMM no fim do ano passado e também menor que o 1,3oC que o serviço europeu de climatologia Copernicus divulgou no começo do mês. No entanto, ainda nos deixa “mais próximos do que gostaríamos de estar” do limite de 1,5oC do Acordo de Paris, disse Gavin Schmidt, diretor do Centro Goddard de Estudos Espaciais da Nasa.
Embora as metodologias tenham diferenças significativas, todos concordam que 2016 bateu o recorde anterior, de 2015, que por sua vez havia batido o recorde de 2014. É a primeira vez desde o final da década de 1930 que o mundo vê três anos seguidos de aquecimento. A maior parte do aquecimento ocorreu nos últimos 35 anos, com 16 dos 17 anos mais quentes da história no século 21.
“Os dados estão todos cantando a mesma canção, mesmo que eles entoem notas diferentes de um ano para o outro”, comparou Derek Arndt, chefe da Divisão de Monitoramento Ambiental da Noaa, em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira.
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Fonte: Observatório do Clima

 

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