São Paulo – As cidades são, ao mesmo tempo, vítimas e vilãs das mudanças climáticas. Elas concentram mais da metade da população mundial e a maioria das atividades econômicas, consomem 70% da energia gerada no mundo e emitem 40% das emissões de gases efeito estufa, que esquentam o Planeta.
Para agravar, a maior parte do crescimento populacional esperado para os próximos anos ocorrerá em cidades de países em desenvolvimento, que sofrem rápida urbanização sem planejamento adequado, a exemplo do Brasil.
Atento a essas vulnerabilidades, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), organismo científico nacional, divulgou nesta terça-feira (08), durante a COP22, no Marrocos, um relatório inédito mostrando os impactos que o Brasil sofrerá por causa das mudanças climáticas e os esforços necessários para reduzir os efeitos sobre o meio ambiente e a população.
As cidades brasileiras fazem parte da solução — mas não estão preparadas
Segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), o Brasil terá 90% de sua população vivendo em áreas urbanas até 2020. Dependendo de como a política para o planejamento urbano for implementada, este aspecto poderá tanto ser positivo com modelos de urbanização modernos e sustentáveis ou negativo, com a continuidade
do crescimento caótico das cidades.
Diante desse cenário, o PBMC avalia que poucas cidades brasileiras têm políticas direcionadas para sustentabilidade, e precisam se apressar para se adaptarem às mudanças já sentidas pelos fenômenos climáticos, como aumento de temperatura e nível do nível do mar, ilhas de calor, inundações, escassez de água e alimentos, acidificação dos oceanos e eventos extremos.
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