Com expectativas de abrigarem, em 2050, até 91% da população brasileira, as cidades podem ser os ambientes mais impactados no País com as mudanças climáticas. É nelas que deverá ocorrer a maior parte das emissões de gases de efeito estufa no Brasil e são elas que mais devem sofrer.
Essa é a mensagem passada por um grupo de cientistas no novo relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), que será lançado nesta terça-feira (8) na 22.ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que começou nesta segunda em Marrakesh (Marrocos)
O trabalho – uma compilação de uma uma série de estudos publicados ao longo dos últimos 8 anos – aponta, por exemplo, para riscos na oferta de água. O relatório lembra que, hoje, 55% das capitais do País dos conglomerados urbanos já requerem um novo manancial e outros 35% deles pedem um novo sistema de produção.
E no futuro a pressão vai ficar pior. De acordo com o relatório, há uma expectativa de aumento de 28% no aumento da demanda por água até 2025, na comparação com dados de 2005, o que vai demandar um investimento de R$ 22 bilhões.
“A mudança do clima intensifica e amplia problemas que muitas vezes já são conhecidos numa cidade, como a ocorrência de fortes chuvas com pontos de alagamento, inundações e deslizamentos, a expansão de doenças, com a presença de mosquitos vetores, como é o caso da dengue, zika e chikungunya, entre outras. Somado a esses problemas, surgem novos desafios como o desabastecimento de água causado por secas prolongadas, as ondas de calor mais frequentes e o aumento do nível do mar”, destaca o documento.
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