Chuvas extremas do começo do ano mostram que as cidades brasileiras não estão preparadas para a mudança do clima

As chuvas que caíram em SP nos últimos dias e as que caíram em BH mostram claramente que estão despreparadas para o que vem pela frente. Pior, parecem estar no fundo do buraco e cavando.
Há muito tempo se sabe que o aquecimento global trará eventos climáticos mais extremos e mais frequentes. Marcelo Leite, na Folha, foi na mosca: “Pois os dois problemas são precisamente esses dois: cairão chuvas cada vez mais intensas, como avisam há décadas pesquisadores do clima, e governantes continuarão tentando tirar o corpo fora e insistirão em obras erradas em sua concepção”, referindo-se a piscinões, canalizações e mais avenidas expressas que, junto com a urbanização costumeira, acabam impermeabilizando o solo.

Leite alerta que “médias históricas não servem mais para planejar a rede de drenagem. Não faz sentido continuar insistindo em represar águas, pois os engenheiros não têm chance de vencer essa luta com a mudança do clima. Está na hora de rever os pressupostos e chamar urbanistas, climatologistas e ambientalistas para a mesa de discussão. Em lugar de construir mais pistas nas avenidas marginais, aumentando a impermeabilização do solo, que tal devolver as áreas de várzea para os rios e parar de aprisioná-los com cimento?”

Nabil Bonduki, também na Folha, foi feliz no título do seu artigo: ”Com chuvas cada vez mais intensas, rios que viram ruas voltarão a ser rios”.

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